Preso desde o dia 15 de setembro acusado de integrar esquema que resultou em fraudes na ordem de R$ 2,3 milhões, o presidente licenciado do Sistema Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso- Fecomércio/Sesc e Senac-MT, Pedro Nadaf solicitou formalmente renúncia da presidência.
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Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), assinada pela promotora Ana Cristina Bardusco, teria sido usada como um balcão de negócios, para o cometimento dos crimes investigados na Operação Sodoma.
Segundo a promotora, o ex-secretário de Indústria Comércio e Mineração de Mato Grosso teria empregado a sua condição de presidente da Fecomércio para obter a confiança do empresariado mato-grossense, o que era de interesse da organização criminosa que fraudava o sistema de concessão de incentivos fiscais para lavagem de dinheiro.
Segundo a assessoria da Federação, a renúncia de Nadaf, foi referendada pelo Conselho de Representantes da entidade, formado por presidentes de sindicatos patronais ligados ao setor, que se reuniu na sede da entidade na noite de segunda-feira, 28 de setembro.
Com a oficialização da saída de Pedro Nadaf assume a presidência o primeiro vice, Hermes Martins da Cunha, que desde o dia 1º de setembro é o presidente em exercício. Nadaf tomou posse, na úlltima gestão, em 30 de junho de 2014. Seu mandato conforme Estatuto da entidade seria até o dia 30 de junho de 2018.
A prisão de Pedro Nadaf foi decretada pela magistrada Selma Rosane Arruda, da Sétima Vara Criminal, no dia 15 de setembro, com a deflagração da Operação Sodoma que investiga uma organização criminosa composta por agentes públicos que ocuparam cargos do alto escalão do Governo do Estado nos anos de 2013 e 2014, apurando crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, na gestão de Nadaf a frente da Secretaria de Indústria Comércio e Mineração (SICME).
No caso, o empresário Júlio Batista Rosa, dono da Tractor Partes e um dos delatores do suposto esquema, afirmou que entregou irregularmente a quantia de R$ 2,6 milhões para obter incentivo fiscal por meio do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Prodeic).
O ex-governador Silval Barbosa, além do ex-secretário de Fazenda Marcel de Cursi permanecem detidos. Os trabalhos estão sendo realizada em conjunto pela Delegacia de Combate à Corrupção, Ministério Público Estadual, Secretaria de Fazenda de Mato Grosso e Procuradoria Geral do Estado, com apoio do Sistema de Inteligência do Estado.
*Atualizado 10h40
