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Sábado, 27 de abril de 2024

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Família de jovem morto com facada no coração ainda não foi ouvida e cobra investigações

Foto: Reprodução Facebook

Família de jovem morto com facada no coração ainda não foi ouvida e cobra investigações
A família do borracheiro Luiz Felipe Campos Rodrigues, de 22 anos, morto pela ex-namorada Jacqueline Piscke da Silva, de 19 anos, no último dia 25 de maio, no bairro Jardim Novo Paraíso, em Cuiabá, cobra celeridade nas investigações e a punição pelo assassinato. Felipe foi morto com uma facada no coração por volta das 16h. O pai da vítima, Lázaro Rodrigues de Souza, de 51 anos, ainda reclama que uma série de fatores, como feriado, ponto facultativo e a greve das polícias, servem para aumenta a dor da família. 


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No último dia 2, Jacqueline se apresentou à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e prestou depoimento para a delegada Juliana Chiquito Palhares, responsável pelo caso. Ela alegou ter sido agredida na data do crime e por isso reagiu. Luiz e Jacqueline mantiveram um relacionamento ao longo de pouco mais de três anos e seis meses.
 
“Eu acredito na Polícia, mas preciso saber o que aconteceu de fato. Espero uma resposta. Não fomos ouvidos até agora e nenhum vizinho da casa onde aconteceu o crime. Só ela, que compareceu por duas vezes à Polícia. Isso dói na gente. Precisamos saber o que aconteceu, de verdade”, reclama Lázaro Rodrigues de Souza. Para ele, Luiz e Jacqueline ainda mantinham uma relação amorosa.
 
“No dia do crime saíram juntos para buscar os sobrinhos dela na creche”, contou ao Olhar Direto. Abalado,  ele conta que sua vida foi destruída pela morte precoce do filho. “Em alguns dias eu não consigo, sequer, trabalhar. A mãe dele só dorme com remédios.  E mesmo assim, toda madrugada ela acorda e chora”, lamenta.
 
Segundo Lázaro, que trabalha com venda de anúncios, a relação entre Luiz e Jacqueline foi marcada pelo ciúmes, mas ao longo de mais de três anos, ele desconhece qualquer caso de agressão física.
 
Ele pondera ainda que a relação era de confiança entre o casal, tanto que Jacqueline era a pessoa responsável por cuidar da vida financeira do rapaz. Ainda segundo ele, Luiz ajudou na construção da casa onde a sogra e a namorada residem há cerca de um ano.  “Pensavam em um futuro juntos. Ela era a pessoa que cuidada da conta no banco, dos cartões. Eu não sei nada disso”.
 
Lázaro, que possui outros três filhos, contou estar chocado com a versão apresentada pela autora do crime, de que sua família estaria a ameaçando de morte. “Da minha família eu posso afirmar que não foi”. Ele relata ao Olhar Direto que dias após o assassinato familiares da jovem foram até a Base da Polícia Militar e informaram sobre a pretensão de retirar os objetos da casa. Na ocasião, pediram apoio a PM. “Eu nem cheguei perto. Nunca mais falei com ninguém. Meu filho  foi até lá e assistiu, mas não falou com ninguém”.
 
Defesa

 
Cerca de duas horas após o crime, às 18h11, Jacqueline compareceu até a 1ª Delegacia de Polícia Civil e registrou ocorrência policial (2016. 174160) onde relata ter sido vítima de lesão corporal. No documento, a jovem cita que estava com o ex-namorado dentro de casa e o mesmo não aceitava o fim do relacionamento. Por causa disso, começaram a discutir. Na sequência, ela relata que sofreu agressões físicas e que sofreu socos na barriga, enforcamento e puxões de cabelo. Para se defender, ela pegou a faca e acertou a mesma no peito do rapaz.
 
Ela conta ainda que apenas dois sobrinhos pequenos estavam na casa no momento do crime. Relata ainda que mediante o barulho da confusão, iniciou-se uma aglomeração de pessoas em frente à casa e conta que “estava sendo ameaçada pela família da vítima e que o caso não ia ficar assim e que iria acabar com a vida da família da vítima”.
 
Delegada
 
Ao Olhar Direto, a delegada Juliana Chiquito Palhares, que está de férias, informou que irá retornar para capital do Estado no próximo dia 16 de junho e que aventa a possibilidade de retomar suas atividades laborais mesmo antes do encerramento do período, agendado para o dia 21 de junho. Ela afirmou que irá estudar o procedimento investigatório e pode representar pela prisão da jovem.
 
Palhares ponderou que Jaqueline se apresentou perante à DHPP fora do flagrante e que foi ouvida apenas por ela,  por conta da greve dos investigadores e escrivães da Polícia Civil que estão em greve pela cobrança de 11.28% do  Reajuste Geral Anual (RGA).
 
Ela reitera que a investigação terá procedimento, mas avalia que não pode  trabalhar sozinha.  “Apenas eu coletei o depoimento. Não havia escrivão”, exemplificou.
 
O crime contra Luiz foi registrado no dia 25 de maio, data de protestos dos servidores públicos. Na ocasião, a delegada e um policial estiveram no local do crime, assim como na policlínica para onde ele foi encaminhado por familiares e iniciaram a coleta de informações. Na sequência, no dia 26, foi feriado nacional. No dia 27, decretado ponto facultativo no Estado.  Posteriormente, sem acordo sobre o índice a ser quitado, os servidores do Estado deflagraram greve geral para pressionar o Executivo. Até agora, mesmo com decisões  declarando a ilegalidade dos protestos e aplicação da multa de R$ 100 mil ao dia, os Sindicatos dos Escrivães e dos Investigadores não deliberaram pelo retorno às atividades.
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