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Sábado, 27 de abril de 2024

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Violência

Assassino confessa que usou drogas antes de disparar contra o olho de ex-companheira

Foto: Polícia Civil

Assassino confessa que usou drogas antes de disparar contra o olho de ex-companheira
Preso por crime de roubo e assassinato, o jovem Vinícius Paes de Barros Alcântara, 18,  confessou ter feito uso de entorpecentes antes de matar com um disparo no rosto a ex-companheira Hellen Lorrayne Miranda Prado, 18 anos. Ele foi  interrogado nesta manhã, 20, pelo delegado Antônio Carlos Araújo, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP),  que preside as investigações do crime. O homicídio da jovem foi registrado no dia 26 de junho, em Várzea Grande.


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Durante o interrogatório, Vinicius assumiu que colocou a arma de fogo no olho esquerdo da vítima e apertou o gatilho. A jovem havia mantido um relacionamento com ele e ambos tiveram uma filha, que tem menos de um ano de idade.

De acordo com a Polícia Civil, a jovem chegou a ser socorrida com vida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), no entanto, foi a óbito no dia 27 de junho, no Pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande.

O caso 

Inicialmente, uma das testemunhas contou que Hellen Lorrayne estava em frente à casa, conversando com uma amiga, quando Vinicius se aproximou  com uma arma  de fogo, cano serrado. Ele teria pedido para que a ex lhe devolvesse suas “ferramentas”, referindo-se a instrumentos para praticar roubos. Durante a conversa, a arma teria disparado, acertando o olho da vítima.

Segundo a Polícia Civil, no andamento do inquérito policial, outra testemunha informou que o acusado questionava Hellen Lorrayne sobre as “ferramentas”. Segundo a testemunha, era costume o suspeito intimidar a vítima, apontando a arma para cabeça dela. A moça pedia para que ele parasse com a “graça”.

Vinicius passou a empurrar a arma contra a cabeça da ex-convivente, por cerca de três vezes, e, na última, a arma disparou. Em seguida, o autor saiu gritando por socorro e acabou fugindo, deixando cair à arma de fogo no local.  A arma, uma espingarda calibre 24, cano serrado, foi apreendida.

A mãe da vítima contou à polícia que sua filha namorada Vinicius desde os 15 anos, e estavam separados duas semanas, antes do crime. Em depoimento, a genitora relembrou que o genro era usuário de drogas, violento e não aceitava a separação.

Ainda com base nas informações do laudo de necropsia, foi constatado que o autor praticou a ação com requinte de crueldade, apontando a arma no olho esquerdo da vítima em curta distância, causando grave lesão encefálica, tornando impossível a defesa da jovem.

Conforme o delegado da DHPP, Antonio Carlos de Araújo, depois de desaparecido Vinicius se apresentou na Delegacia, acompanhado de seu advogado, no dia 04 de julho. “Na ocasião o suspeito foi interrogado e alegou que a arma havia disparado de forma acidental. Entretanto, após oitiva de algumas testemunhas, que se encontravam no momento dos fatos, foi confirmado que a versão do interrogando contrariava a verdade dos fatos“, disse.

Diante dos indícios,  a Polícia Civil representou pelo pedido de prisão temporária (30 dias), em desfavor de Vinícius.O mandado foi expedido pela Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, de Várzea Grande, pelo crime de homicídio qualificado.

A ordem judicial saiu na última terça-feira (19), quando Vinícius já estava preso por crime de roubo qualificado, juntamente com seu irmão V.H.S., menor de idade, e outro comparsa chamado Claudeilton Gomes Vanderley Junior.

Os três  foram presos, na segunda-feira (18), no bairro Cohab Dom Bosco, em Várzea Grande, após roubar pertences de duas vítimas no bairro Vila Sadia. Eles confessaram o roubo no interrogatório prestado na DHPP.

Vinícius está recolhido na Penitenciária Central de Cuiabá (PCE). Agora será indiciado por homicídio qualificado cumprido no inquérito policial que será concluído antes dos 30 dias da prisão temporária. “É um crime hediondo contra mulher. Foi um feminicídio”, finalizou o delegado.
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