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Sábado, 27 de abril de 2024

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exército nas ruas

Mesmo com intervenção de forças federais, caminhoneiros afirmam que mobilização continua

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Mesmo com intervenção de forças federais, caminhoneiros afirmam que mobilização continua
Os caminhoneiros que realizam o bloqueio em Cuiabá afirmam que não irão encerrar o movimento mesmo após a decisão do presidente Michel Temer em acionar as forças federais para encerrar os bloqueios nas rodovias no país. Em Cuiabá, nos bloqueios , eles dizem que estão unidos pela redução dos preços dos combustíveis.


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O advogado e produtor rural Flávio Muller, que também é dono de caminhão, apontado pelos caminhoneiros em Cuiabá para auxiliá-los com questões jurídicas, afirma que não a categoria não teme a decisão do presidente Temer e que em nenhuma rodovia está acontecendo obstrução.
 
“Eu vi o pronunciamento do presidente dizendo que vai desobstruir as rodovias, mas o movimento não está obstruindo rodovia nenhuma, o transito está fluindo normalmente, para medicamentos, para ambulância, para socorro, isso aí está tudo funcionando. O que está acontecendo é que os companheiros caminhoneiros estão sendo convidados a aderirem ao movimento, e no nosso caso em Cuiabá, sem nenhuma violência. Os companheiros prontamente param e encostam seus caminhões e não andam”.

Ele acredita que esta mobilização dos caminhoneiros em todo o país pode ser o estopim para mobilizar toda a sociedade para protestar.

“Nós vamos resistir, contamos com o apoio da sociedade, isso não é uma luta dos caminhoneiros, é uma luta de todo o Brasil. Estamos fazendo um trabalho que não é só para os caminhoneiros, a gente quer que a sociedade entenda isso. Apesar de termos nossa pauta de reivindicação, que é justa, nossos companheiros estão trabalhando, não estão conseguindo sustentar suas famílias, nós queremos que este movimento seja de todos, que a sociedade vá para a rua com a gente”.

Os caminhoneiros não temem a intervenção das forças federais e Muller afirma que mesmo que os bloqueios sejam encerrados, o transporte não irá retornar.

“Se acontecer do exército ou qualquer força federal vir nos tirar da rodovia, nós vamos resistir, iremos para a beira de um posto de combustível e vamos manter o movimento, nós não vamos acuar com este pronunciamento do presidente”.

“Nós estamos trabalhando com nossos companheiros no seguinte sentido, se o Governo nos retirar da rodovia, iremos sair se não tiver jeito, mas isso não nos obriga a trabalhar. Nós vamos continuar de braços cruzados sem trabalhar, e quanto mais o governo bater em nós, mais vontade teremos de ficar parados. Eu quero ver o presidente da república nos forçar a trabalhar, a entrar no caminhão e nos obrigar a transportar, isso não vai acontecer, então o movimento está bem organizado neste sentido”.

Muller ainda reforçou que a mobilização é de todos e não tem envolvimento de partidos. Os caminhoneiros afirmam que os participantes da reunião nesta quinta-feira (24) em Brasília, que suspenderia os bloqueios, não os representam.

“Que fique bem claro que este é um movimento apartidário, sem sindicatos e sem política. Um movimento de todos e sem liderança, todos ali são voluntários. O governo fez uma negociação com pessoas que não nos representam. Os que nos representam estavam lá presentes, mas decidiram sair da sala. O movimento não reconhece este acordo de fantoche que o Governo fez”.

Com relação ao movimento, o Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas do Estado de Mato Grosso (Sindmat) afirmou que apóia apenas a causa dos caminhoneiros, mas não os bloqueios. Nesta sexta-feira (25) eles enviaram um pedido ao governador Pedro Taques, para a redução do ICMS sobre os combustíveis no estado.
 
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