Mais de 26 mil pessoas estiveram presentes ao Mineirão na tarde deste sábado para assistir à vitória de 4 a 0 do Atlético-MG sobre o Uberlândia, pelo Campeonato Mineiro. O público pagante foi de 24.198 pessoas - destas, apenas 4.354 haviam adquirido seus ingressos com antecedência.

Com este quadro, o que se via nos arredores do estádio era um cenário de caos. Eram muitos torcedores tentando comprar ingressos para poucas bilheterias abertas, já que a previsão de público era menor. Para agravar, havia entradas do estacionamento que não estavam abertas, aumentando o congestionamento. Vários torcedores que foram à Pampulha desistiram e voltaram para casa.

O problema não é novidade. Aliás, aconteceu em praticamente todos os jogos do Atlético-MG neste Campeonato Mineiro. A torcida supera a previsão da diretoria, que, por isso, comete erros de logística e não consegue atender a todos. O resultado é muita dor de cabeça na hora de adquirir as entradas, além do fato de que, muitas vezes, perde-se o início da partida.

No Estadual, o torcedor belo-horizontino - atleticano ou cruzeirense - tem por hábito sair de casa mais tarde e não comprar o ingresso com antecedência, já que são partidas menores e, teoricamente, menos procuradas. Até certo ponto, esta questão cultural pode ser considerada um fator que potencializa este tipo de confusão.

Por isso, a diretoria atleticana resolveu adotar uma postura que o Cruzeiro já segue há mais tempo: tentar mudar o hábito do torcedor. A partir de agora, os ingressos serão mais caros no dia do jogo, como forma de estimular a compra antecipada, exatamente como acontece nos jogos de mando do rival.