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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

Notícias | Economia

Crocodilicultura é uma atividade promissora

Baixo custo de implantação, animais disponíveis na natureza para coleta de ovos, pouca mão-de-obra, rusticidade e mercado em expansão. Estas são algumas das vantagens apresentadas pelo pesquisador do Instituto Federal de Educação Tecnólogica (Ifet) de Cáceres, Victor Manuel Aleixo, na palestra sobre o Panorama da Crocodilicultura no Brasil. A atividade da produção do jacaré do pantanal (Caiman crocodilus yacare) que começou entre 1990 e 1994 no país, entrou em declínio de 1995 a 2000 devido à falta de mercado consumidor para a pele e carne de jacaré. De 2000 em diante houve a abertura no comércio de pele nos Estados Unidos. “Acho que este mercado não fecha mais. Os americanos consomem 90% da pele de jacaré exportada pelo país”, explica o pesquisador.


Em Mato Grosso há três produtores em Cáceres que juntos produzem 120 mil animais, um em Poconé com a produção de 140 mil jacarés do pantanal e em Santo Antônio de Leverger há outro produtor que produz 20 mil animais. Como se trata de uma atividade relativamente nova no país ainda não há um padrão zootécnico para instalação dos criadouros de jacarés. Mesmo assim, já existem criadores nas regiões Norte e Nordeste, em Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais.

O pesquisador ainda pontua que há muitas dificuldades também para quem deseja investir neste segmento. “Só há um abatedouro com SIF (Serviço de Inspeção Federal) em Mato Grosso, há poucas pesquisas relativas a produção de jacarés, falta um estudo completo da cadeia produtiva do jacaré do pantanal e sobre o processo de alimentação do animal, no qual são utilizados pulmão e baço bovino moídos que devem ser triturados todos os dias e misturados a farinha de osso e sangue. Nesse processo o animal pega o alimento na parte seca e leva para água, aí parte da comida se espalha pela água e causa mau cheiro”.

Aleixo também explicou para a plateia que a atividade de criação deve ser autorizada pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Além do Ibama, é preciso também o consentimento da Comissão Internacional de Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (Cites). Ele salientou que nenhum animal sai do país para ser comercializado em outra nação sem que tenha a autorização deste órgão.

O pesquisador também apontou as formas de criação extensiva, semi-extensiva, intensiva e semi-intensiva do jacaré no país, o que pode interferir no tempo de desenvolvimento para o abate e também as tendências de aproveitamos do animal. “O mercado internacional importa muita carne e pele. Já no Brasil dá para aproveitar, além disso, as glândulas, vísceras e ossos, bolsas de gordura, cabeça e patas, estes últimos muito aproveitados para artesanato”.
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