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Quarta-feira, 15 de maio de 2024

Notícias | Carros & Motos

Mudança de Hábitos

Teste mede o desconforto dos carros automatizados, que exigem adaptação

A moça da rádio de trânsito anuncia tarde chuvosa e tráfego lento em toda a marginal Tietê. Nenhuma novidade para quem está ali, engarrafado.

A moça da rádio de trânsito anuncia tarde chuvosa e tráfego lento em toda a marginal Tietê. Nenhuma novidade para quem está ali, engarrafado.

Guiando um Chevrolet Astra (R$ 45 mil), o passatempo é contar quantas trocas de marcha o motorista faz ao longo dos 25 quilômetros entre Alphaville e o centro de São Paulo.

No fim de uma "viagem" de uma hora, o resultado: a alavanca do câmbio é acionada 350 vezes, segundo estimativas de trânsito. Fadiga até quem não empurra o pedal da embreagem a cada anda e para.

Por isso, a novidade da indústria são os câmbios automatizados --caixas manuais que, por meio de sensores no motor e no acelerador, trocam as cinco marchas automaticamente.

Só que, para aposentar o pedal da embreagem e esquecer a alavanca do câmbio, o motorista do Fiat Palio 1.8 Dualogic (R$ 37.230) e o do Volkswagen Polo 1.6 I-Motion (R$ 42.580), lançados neste mês para concorrer com a Chevrolet Meriva 1.8 Easytronic (R$ 46.292), precisam ter a cabeça feita. Feita para suportar pequenos trancos a cada mudança de marcha. Tudo para custar "só" R$ 2.500, a metade de um câmbio automático convencional.

Schummy

Mas vale a pena? Quem vai dizer é Schummy, aquele cachorrinho vendido no sinal que tem o pescoço mole --como o do ex-piloto alemão, que não pode mais andar de Fórmula 1.

Os dois caninos --Schummy também convidou seu fiel escudeiro, o Rubinho-- balançam bastante a cabeça a cada troca de marcha, principalmente entre a primeira e a segunda.

Por isso, o Peugeot 207 1.6 XS (R$ 47,1 mil), com câmbio automático tradicional, entra nesse comparativo: baliza os intervalos de marcha e dá trégua às cabeças dos pobres cachorrinhos.

Não será, porém, um brinquedinho comprado por R$ 1,50 cada um na rua 25 de Março (centro) que apontará o carro com o mais eficiente sistema automatizado do país.

A Folha, em parceria com o Instituto Mauá de Tecnologia, submeteu os cinco carros --o Astra também entrou na roda-- a um teste inédito e exclusivo de aceleração longitudinal.

Na pista de testes, sensores eletrônicos presos aos carros medem a força gravitacional exercida sobre o motorista. Em outras palavras, é a pressão do corpo contra o encosto nas provas de aceleração.

Ao trocar a marcha, o carro automatizado desacelera e projeta o corpo do motorista para frente, como um joão-bobo. Isso causa desconforto principalmente para quem já se acostumou a carros automáticos.

Nas medições, é nítida a superioridade do 207 Automatic, assim como o baita tranco provocado pelo câmbio manual do Astra. No pelotão intermediário, resta saber qual dos três automatizados é o melhor (ou menos pior) do Brasil.

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