Kimi Raikkonen já havia comemorado sua vitória, a quarta em Spa, e estava fazendo a pesagem obrigatória na garagem da FIA quando seu colega de Ferrari, Luca Badoer, enfim cruzou a linha de chegada.

Se o time pôde celebrar o fim do jejum do finlandês, que passou 25 GPs sem triunfar, por outro lado, viu, pelo segundo final de semana consecutivo, o substituto de Felipe Massa terminar em último.

"Meu objetivo era conseguir ganhar pelo menos uma corrida neste ano", disse Raikkonen, cuja última vitória havia ocorrido na Espanha, em 2008.

"Sabemos que nosso carro não era o mais veloz, mas consegui manter todos atrás de mim", completou o finlandês, que assumiu a ponta na quarta volta, quando ultrapassou Giancarlo Fisichella após a saída do safety car.

"Estou feliz e triste", disse o piloto da Force India, que chegou em segundo, melhor resultado da história do time. "Antes, se me perguntassem, eu iria dizer que chegar em oitavo já seria fantástico, mas hoje eu estava mais rápido que o Kimi e sei que poderia ter vencido."

Após o resultado histórico, Fisichella negou mais uma vez que irá substituir Badoer na Ferrari no GP da Itália, daqui a dois domingos, em Monza.

"Só estava concentrado nesta corrida. A partir de amanhã, vou começar a fazer o mesmo para a próxima, com o macacão da Force India", disse.

Badoer, por seu lado, afirmou que seria um erro tirá-lo do time justamente em Monza, uma das pistas que ele mais conhece.

"Se, depois de lá, os resultados não aparecerem, serei o primeiro a reconhecer que devo sair."

A Ferrari não confirmou a permanência de Badoer. Segundo Stefano Domenicali, chefe da escuderia, tudo vai depender do resultado dos exames que Massa fará em Miami, sob a supervisão do traumatologista Steve Olvey, ex-diretor médico da Indy.