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Inquérito finalizado

Marcelo Cestari é indiciado por homicídio culposo no caso Alphaville e mais três crimes

02 Set 2020 - 16:15

Da Redação - Fabiana Mendes / Max Aguiar/ Wesley Santiago

Foto: Reprodução

Marcelo Cestari é pai da adolescente que atirou em Isabele

Marcelo Cestari é pai da adolescente que atirou em Isabele

O empresário Marcelo Cestari, pai da adolescente envolvida na morte de Isabele Guimarães Ramos, 14, no condomínio Alphaville, em Cuiabá, foi autuado por quatro crimes, entre eles homicídio culposo, pois deixou a filhar pegar a arma que resultou na morte da amiga. A informação foi repassada pelo delegado Wagner Bassi, da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA), que investiga o caso, em coletiva de imprensa realizada tarde desta quarta-feira (2), para falar da conclusão do inquérito.


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Marcelo Cestari será indiciado por posse ilegal de arma de fogo, pois o namorado da filha pediu para levar as armas para sua casa e ele confessa que autorizou.  Além disso, recebeu armas em casa que estavam em nome de terceiros. Pela legislação, isso é proibido.
 
Ele responderá por homicídio culposo (de um a três anos de pena) – por agir com imprudência e negligência ao permitir que a filha dele pegasse esta arma de fogo. A atitude dele, segundo as investigações, resultou na morte de Isabele.
 
Cestari também entregou a arma para adolescente, o que gera reclusão de três a seis anos. Por fim, entende-se que responderá também por fraude processual. Algumas condutas dele, na visão da Polícia, podem ter atrapalhado a investigação.
 
“Primeiro: quando o Samu chegou, havia armas e objetos que estavam em cima da mesa, ele mandou que a esposa guardasse. Não deveria ter mexido. Segundo: o disparo foi muito claro. Ele disse nas ligações várias vezes que não foi tiro. Isso também pode caracterizar fraude processual”, disse Bassi.

Reconstituição

Na semana retrasada, a Polícia Civil fez o passo a passo da cena que culminou na morte da adolescente já municiada de informações científicas apuradas em laudo da perícia oficial, que estimou detalhes como a trajetória da bala, a distância do disparo e a maneira como o corpo caiu ao chão no banheiro.

Conforme a conclusão da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), o disparo foi executado mediante o acionamento do gatilho, com o atirador na posição esquerda do banheiro.
 
A perícia ainda aponta que a adolescente de 14 anos, que realizou o disparo, posicionou-se na frente da vítima, elevou a arma a uma altura de 1,4 metro do chão, com alinhamento horizontal e a uma distância entre 20 e 30 centímetros do rosto de Isabele.

A adolescente 

A adolescente de 14 anos, responsável pelo disparo, responderá por ato infracional análogo a homicídio doloso. Concluiu-se na investigação que ela, no mínimo, assumiu o risco ao apontar a arma para o rosto da amiga e não verificar se estava pronta para o disparo. 

A sua pena máxima, conforme o delegado Wagner Bassi, poderá ser uma internação de até três anos, em estabelecimento educacional. Isso pode ocorrer durante o processo ou somente após a conclusão dos trabalhos na Justiça. Em casos envolvendo adolescentes, não há prisão. 

As investigações mostraram que a versão apresentada pela adolescente de 14 anos não condiz com o que se apurou e com o que consta nos laudos da perícia. 
 
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