Dos quase 1,4 mil detentos da Penitenciária Central do Estado, antigo Pascoal Ramos, 1,1 mil estão em greve de fome desde a noite da última quarta-feira (2) em protesto contra o “mutirão do judiciário”, evento periodicamente realizado no presídio e que não tem atendido às expectativas dos detentos.

O mutirão, uma parceria entre a Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Estado (Sejusp) e o Poder Judiciário, tem por objetivo verificar e regularizar a situação processual dos reeducandos da unidade, reunindo na penitenciária os responsáveis pelas questões processuais para o atendimento e celeridade no processo dos presos.

No entanto, segundo informa a Sejusp, os detentos estão insatisfeitos com os serviços prestados pelo mutirão, pois acreditavam que haveria um número maior de solturas. Além deste fato isolado, os presos também reivindicam melhoria nos problemas sempre comuns às unidades penitenciárias, como a superlotação.

A Sejusp informa que os presos não estão comendo apenas a comida servida pelo sistema penitenciário. Na quarta-feira, dia de visita, os familiares que visitaram os detentos levaram bastante comida, o que está servindo de alimento até hoje.

O próximo dia de visitas seria domingo, mas, por medida de segurança, as visitas não serão permitidas. A Unidade de Força Tática da Polícia Militar encontra-se no presídio para dar mais segurança e reforçar o efetivo.