Informações recebidas pela equipe de turismo e infraestruturna, no encerramento da visita da comitiva do governo de Mato Grosso à África do Sul, levou o grupo a concluir que o Estado deve ter estratégia específica de promover o potencial turístico junto com a Copa do Mundo Fifa Brasil 2014, além de criar infraestrutura da atividade nas proximidades de Cuiabá.
O representante do Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Mato Grosso, Leopoldo Nigro, disse que o setor já sabe quais as prioridades a desenvolver quando do retorno do continente africano neste sábado (05.). "No turismo, temos que fazer publicidade de Cuiabá e de todo Mato Grosso, Pantanal, Chapada dos Guimarães, Nobres, como destinos", diz ao completar, 'a prioridade também é ter uma infraestrutura no entorno de Cuiabá para alongar o tempo do turista dentro da cidade e fazer com que leve a imagem forte do Estado ao exterior", afirma o empresário.
Essa lição da visita ficou clara para os organizadores da Copa do Mundo Fifa África do Sul 2010, segundo Nigro, durante a Copa das Confederações em julho deste ano. Eles constataram menor público nos estádios devido à falta de divulgação e a previsão ficou 30% abaixo do previsto. Neste caso, para a competição do ano que vem, estratégias já estão em curso para corrigir a falha. "Precisamos nos preocupar em deixar a melhor imagem de Mato Grosso para o mundo, pois, só assim, o Estado vai passar a ser rota do turismo para àquelas pessoas que vieram no momento da Copa, e sentirão vontade de voltar", disse o secretário-chefe da Casa Civil e de Comunicação Social, Eumar Novacki.
De acordo com o representante do setor turístico, Nigro, a África do Sul recebe 9,5 milhões de turistas por ano e a previsão é que na Copa de 2014, em junho, o país receba cerca de 450 mil pessoas de outros países. Ele citou ainda que os investimentos totais para o evento estão estimados em 80 bilhões de dólares, entre estádios, infraestrutura urbana, segurança, saúde e promoção turística.
Nigro reforçou o discurso do governador Blairo Maggi durante teleconferência a jornalistas em Cuiabá direto de Joanesburgo na quarta-feira (02.09). "O que impressionou é que temos muito trabalho pela frente, muita obra. Há toda uma riqueza de detalhes a serem feitos pela iniciativa privada, pelos governos e demais instituições na organização da Copa, seja na área de planejamento, segurança e tráfego dentro das cidades-sede".
Ele também disse que o setor está convencido de que o discurso e as ações devem ser em sintonia, segundo Nigro, "para que todos falem a mesma linguagem" entre empresários, organizadores, associações e governos. O empresário comenta que o grupo que visitou a África do Sul vai reunir com o setor após o retorno, sistematizar informações recolhidas e sentar com o Governo para apresentar um relatório e alinhar estratégias de projetos para a Copa 2014.
INFRAESTRUTURA
O secretário de Infraestrutura, Vilceu Marcheti, listou outras aprendizagens recolhidas da visita técnica da comitiva de Mato Grosso à África do Sul. Entre elas, a questão do estacionamento para os jogos nos estádios.
"Não precisa ter estacionamento junto ao estádio. Podemos ter, por exemplo, no Parque de Exposições em Cuiabá, e uma via onde uma faixa exclusiva de ônibus leva os torcedores ao estádio e retorne para buscar outros", raciocinou um caso hipotético. "Pode ter garagem em prédio. A Fifa exige que no mínimo a 1,5 Km do estádio pode ter transbordo. O estádio fica isolado no dia dos jogos", afirma Marcheti.
O secretário avalia que próximo ao estádio deve ter estacionamento exclusivo para a equipe da Fifa e as pessoas ligadas à organização da Copa que vão trabalhar. Marcheti citou que a população deve ter paciência para as obras iniciais que vão transformar a cidade de Cuiabá para o competição da Fifa. Vilceu também contabilizou na visita que os centros de treinamento para as seleções treinarem tiveram custo entre R$ 30 milhões e R$ 40 milhões, naquele país.
