O suspeito Alessandro Gonçalves da Silva, que matou o próprio sobrinho Jucinei Eziquiel Gonçalves da Silva, de 21 anos, com facadas no último dia 6 de maio em Poconé (104 quilômetros de Cuiabá) foi preso nesta sexta-feira (14). O pedido de prisão foi feito pelo delegado Mauricio Maciel Pereira Junior no último dia 11. Um primo da vítima, um garoto de 12 anos, presenciou o crime e foi ouvido pelo delegado.
 
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O suspeito é acusado de cometer homicídio qualificado por motivo torpe e por emprego de meio cruel. O crime ocorreu na noite do último dia 6 no assentamento Nossa Terra, Nossa Gente, em Poconé. Além de Alessandro e Jucinei, também estavam presentes no local um irmão do suspeito, um jovem de 19 anos (primo da vítima), um amigo do suspeito e um garoto de 12 anos (primo da vítima).
 
O menino de 12 anos presenciou todo o crime e foi ouvido pelo delegado Mauricio Maciel no dia 7 de maio. O garoto contou que eles seis estavam no sítio, embaixo de uma mangueira, e que os adultos, exceto seu primo de 19 anos, estavam consumindo bebidas alcoólicas.
 
Em determinado momento o garoto e o jovem de 19 anos foram ajudar o amigo dos tios a ir embora, pois estava bêbado. Quando retornaram viram que Jucinei estava bravo, procurando seu celular. Alessandro então teria dito que estava com o aparelho e quando Jucinei se aproximou foi ferido com um golpe de faca na barriga.
 
Segundo o garoto não houve briga ou discussão e a ação foi rápida. Jucinei teria tentado correr, mas acabou caindo e levando outro golpe de faca no pescoço. O menino de 12 anos e o jovem de 19 tentaram segurar Alessandro, mas o suspeito disse que se tentassem iria esfaqueá-los também. O garoto então chamou sua mãe e seu tio acabou fugindo.
 
O menino ainda disse que Jucinei era usuário de drogas e dormia com frequência na casa da avó, de 64 anos. Ele afirmou que quando o jovem fazia uso de bebidas alcoólicas e drogas ficava agressivo com a avó, xingando-a e também furtando pertences dela. Além disso, quando Jucinei cometia furtos na rua ia para a casa da avó se esconder. Alessandro não gostava desse comportamento e brigava com o sobrinho por causa disso.
 
A Polícia Civil verificou que Alessandro tinha cinco passagens pelos crimes de Dano, Ameaça e Lesão Corporal (Lei Maria da Penha), mas ainda convivia com a vítima. O pedido de prisão temporária, com busca e apreensão domiciliar, foi feito no dia 11 à Vara Única de Poconé. A prisão foi cumprida na manhã de hoje (14).