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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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CASO TONI FLOR

Irmão de manicure foi amante de empresária que mandou matar marido na porta de academia, aponta polícia

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Irmão de manicure foi amante de empresária que mandou matar marido na porta de academia, aponta polícia
A manicure Ediane Aprecida Cruz, 21 anos, presa na manhã desta sexta-feira (27) pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) declarou que seu irmão foi amante da mandante do assassinato do empresário Toni Flor, morto no bairro Santa Marta, em Cuiabá, no ano de 2020. Por conta desse relacionamento extraconjugal, ela alimentou a amizade com Ana Claudia, mandante da morte do marido. 


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Segundo o delegado Marcel Gomes Oliveira, responsável pela investigação do caso na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), apesar das investigações e declarações de vários envolvidos, Ana Cláudia ainda continua a negar envolvimento no caso.

Ao delegado, durante acareação feita nesta sexta-feira (27) na DHPP, Ediante disse que foi responsável por passar o telefone de Wellington Honorio Albino, que teria feito a ponte entre Ana e Igor, Dessa dupla, Igor foi o responsável pelo tiro que matou Toni Flor e Wellington jogou a arma fora, nas imediações do Rio Manso, em Chapada dos Guimarães. 

No depoimento, ainda conforme o delegado, Ediane confirmou que as duas eram muito amigas. O que chama atenção, apesar das negativas de Ana Claudia, é que todos os envolvidos confirmaram que ela tem envolvimento na morte e teria prometido em torno de R$ 60 mil para que a execução fosse concluída. 

O motivo para a morte, conforme as investigações, seria para ela herdar o dinheiro do marido. Ana Claudia e Toni Flor eram sócios da empresa TF Representações e ao saber do valor acumulado pelo caixa da empresa ela decidiu pela morte. 

Contradição

Conforme o delegado Marcel, Ana Claudia chegou em falar em matar o Igor, que é o autor da morte de seu marido. Ela disse, segundo o chefe de polícia, que Igor estava sem tornozeleira e só seria preso por isso. Mas, para o delegado, ela entrou em contradição nesse momento, tendo em vista que o assassino tirou o aparelho de monitoramento 12 dias antes da execução. 

"Ela sugeriu pra mae e irmã do Toni matar o Igor após a prisão dele. Porque segundo ela [Ana Claudia] Igor só estava preso por romper a tornozeleira. Ai eu perguntei pra ela como ela sabia que o Igor tinha tornozeleira. Sendo que Igor só quebrou a tornozeleira 12 dias antes do crime para não ser localizado. Isso ela falou após a prisão do Igor. Não se prende ninguém por romper. Ele estava preso porque tinha mandado expedido. Ela disse que ele ficaria impune perante a Justiça. Ai a mãe e a irmã falaram que não era pra matar porque ai nesse momento seria o momento que ela ia ficar sabendo quem mandou matar o Toni", disse o delegado, em coletiva à imprensa nesta tarde de sexta-feira (27). 

Inclusive, Ana Claudia ficou distante da família por algum tempo e logo após a morte ela se aproximou. Chegou a fazer caminhada da paz, chegou a fazer manifestação pedindo Justiça e ainda quis colocar a família por diversas vezes para poder pressionar a DHPP.

Motivo do homicídio

Ao delegado, a Ediane confirmou o motivo que Ana Claudia explicou a morte e pediu ajuda. "A Ana Claudia teria ligado pra ela falando que precisaria de uma pessoa pra fazer um "rolo" com o marido. E esse rolo seria matar o marido porque não estava aguentando ficar com ele por conta que ele seria grosso e discutia muito com ela. Agora ela será enquadrado por homicídio qualificado por promessa de recompensa", disse o delegado Marcel. 

A Ediane será indiciada por ter participado no homicídio. "Ela ajudou para celebração do desfecho total da obra. Infelizmente a obra terminou em morte", frisou o delegado. 

Por último, o delegado disse que a TF Representações lucrava R$ 1 milhão por mês e esse poderia ser o motivo real que a esposa poderia ter mandado matar seu esposo. "A parte da comissão era 5% do faturamente. Após a morte do Toni, a empresa ficou totalmente para Ana Claudia. A reserva dava em torno de R$ 50 mil por mês", concluiu. 

A morte

Conforme as informações do boletim de ocorrências, Toni chegou a academia, no dia 11 de agosto de 2020, desceu do carro e seguiu para dentro do estabelecimento. No meio do caminho, um homem, sentado em uma motocicleta e com a cabeça baixa, se aproximou e efetuou os disparos.

O empresário foi socorrido às pressas pelas testemunhas e encaminhado para o Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), onde passou por cirurgia de emergência. Ao todo, foram confirmadas quatro perfurações. Ele não resistiu aos ferimentos e foi a óbito.
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