Cecília contou que deveria tomar a vacina na sexta-feira (17) no ginásio Fiotão. Com a demora no ônibus que vai para a cidade, chegou no local atrasada. Mas mesmo com agendamento, ouviu de um servidor que não havia mais doses disponíveis.
O homem então recomendou que ela fosse no dia seguinte ao bairro Parque Berneck, onde ela poderia receber a vacina. No local, ela se deparou com outro problema, não havia ninguém aplicando.
“Só que lá é drive-thru e meu filho me levou. Tinha vários carros entrando, mas não tinha ninguém na tenda e também não tinha vacina”, contou.
A trabalhadora relatou que vários carros passaram pelo ponto de vacinação, porém, precisaram retornar já que não estava sendo feita a imunização. No local, Cecília recebeu informação que na quarta-feira (22) poderia encontrar a dose disponível no bairro Jardim dos Estados.
Enquanto isso, Cecília aguarda na incerteza se conseguirá ser imunizada com as duas doses. Além do problema com a vacina, a moradora do bairro Jardim Imperial também encontra dificuldades no transporte público da cidade, visto que trabalha em Cuiabá. “É muito descaso com tudo em Várzea Grande”, diz.
“Em Várzea Grande o ônibus é muito ruim. Ele vem do Jardim Glória e quando passa no Imperial já não pega mais ninguém. Você vai 6h para o ponto e só consegue sair depois das 7h30. Ele passa lotado e não para”, pontua.
Outro caso
Uma adolescente de 17 anos de idade também foi impedida de se vacinar na tarde da última sexta-feira (17), em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá), após descobrir que ela estava registrada como morta no banco de dados Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com informações da Polícia Judiciária Civil, a mãe da menor compareceu à 1ª Delegacia de Polícia do Centro de Várzea Grande para registrar um boletim de ocorrência de preservação de direito. Na ocasião, ela narrou o episódio vivenciado pela filha.
A adolescente, que tinha a sua vacina agendada para o posto de vacinação Parque Berneck, localizado no bairro Jardim Paula I, em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá), não pode se vacinar porque no registro do SUS, ela teria falecido no dia 10 de maio deste ano.
Em ambos os casos, a Prefeitura de Várzea Grande não se pronunciou.
