Presidente da CPI da Energisa, o deputado estadual Elizeu Nascimento (PSL) está na bronca com os colegas integrantes da comissão, que estariam fazendo pouco caso das investigações, deixando de comparecer nas reuniões. Foram dois encontros desde que as atividades foram retomadas, em fevereiro deste ano.
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“A CPI da Energisa foi assinada por todos os deputados e todos queriam compor a comissão. Após a pandemia já tivemos duas reuniões da CPI, presencialmente esteve o Avallone, Thiago e eu. Não estão comparecendo e é isso que muitas vezes nos deixa um pouco preocupado. A insistência foi muito grande, foi uma disputa como se fosse uma Copa do Mundo para poder fazer parte da CPI e estando nela não comparecer, infelizmente, dá uma resposta negativa à sociedade. O meu papel está sendo feito. Será feito até o final”, disse, nesta quinta-feira (07).
A reunião de hoje serviu para ouvir o presidente da Ager-MT, Luis Alberto Nespolo, que mostrou os resultados dos trabalhos realizados na operação “Tudo às Claras”. O Secretário adjunto do Procon, Edmundo Taques, também foi ouvido. De deputado, além de Elizeu, apenas o relator Carlos Avallone (PSDB).
A comissão, criada em novembro de 2019, ainda tem como membros os deputados Dilmar Dal Bosco (DEM), Dr. Eugênio (PSB) e Paulo Araújo (PP). Delegado Claudinei (PSL), Romoaldo Junior (MDB), Xuxu Dal Molin (PSC), Thiago Silva (MDB) e Valmir Moretto (Republicanos).
Apesar do atraso para finalizar os trabalhos e a baixa adesão, Elizeu garantiu empenho para que a CPI não acabe em ‘pizza’, já que há fortes indícios de que a Energisa teve falhas graves no fornecimento da energia elétrica. “Nos próximos 15 dias nós deveremos ter nova reunião, iremos dar a resposta á altura do que a população espera”.
Elizeu também enalteceu os resultados já conquistados pela CPI, como a proposta do governo estadual de redução do ICMS sobre a energia elétrica residencial. O corte faz parte do pacote enviado hoje para a Assembleia Legislativa.