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Sábado, 27 de abril de 2024

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R$ 100 milhões pagos

Alvos da PF, ex-secretário e membro de grupo responsável por desviar dinheiro são supostos sócios ocultos de cervejaria

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Alvos da PF, ex-secretário e membro de grupo responsável por desviar dinheiro são supostos sócios ocultos de cervejaria
Preso na manhã desta quinta-feira (28), em um condomínio de Cuiabá, o ex-secretário de Saúde, Célio Rodrigues, e outro homem, que não teve identidade divulgada, são apontados como sócios ocultos da Cervejaria Cuyabana, localizada no bairro 23 de setembro, em Várzea Grande. Ambos são alvos da operação Cupincha ou segunda fase da Curare.


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Conforme investigação da  primeira fase, o grupo empresarial promovia supostas “quarteirizações” de contratos administrativos, que viriam a beneficiar, em última instância, o servidor responsável pelas contratações com a Secretaria Municipal de Saúde e Empresa Cuiabana de Saúde Pública, incluindo o pagamento de suas despesas pessoais.

O nível de aproximação entre as atividades públicas e privadas dos investigados envolveu a aquisição de uma cervejaria artesanal, em que se associaram, de forma oculta, o então servidor público e o proprietário do grupo empresarial investigado.

O um grupo empresarial que fornecia serviços à Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá recebeu, entre os anos de 2019 e 2021, mais de R$ 100 milhões e manteve-se à frente dos serviços públicos mediante o pagamento de vantagens indevidas, seja de forma direta ou por intermédio de empresas de consultoria, turismo ou até mesmo recém transformadas para o ramo da saúde.

Após o ingresso dos recursos nas contas das empresas intermediárias, muitas vezes com atividades econômicas incompatíveis, os valores passavam a ser movimentados, de forma fracionada, por meio de saques eletrônicos e cheques avulsos, de forma a tentar ocultar o real destinatário dos recursos.

A movimentação financeira também se dava nas contas bancárias de pessoas físicas, em geral vinculadas às empresas intermediárias, que se encarregavam de igualmente efetuar saques e emitir cheques, visando a dissimulação dos eventuais beneficiários.

Olhar Direto apurou ainda que, além de Célio, outras duas pessoas também são alvos de prisão, sendo uma delas em Cuiabá e outra em Curitiba (PR). Em Curitiba, foi preso o empresário Paulo Roberto de Souza Jamur, que seria sócio de Célio. O outro alvo de Cuiabá segue foragido e ainda não teve a identidade revelada.

A primeira fase da operação Curare ocorreu com apoio do Denasus (Ministério da Saúde) e visa desarticular uma organização criminosa investigada pelo envolvimento em fraudes a contratações emergenciais e recebimento de recursos públicos a título “indenizatório”, em ambos os casos sem licitação.  

O nome da operação policial, curare, remete a substâncias tóxicas que produzem asfixia pela ação paralisante do sistema respiratório, cuja origem é associada ao conhecimento tradicional indígena. Na medicina, fármacos curarizantes são empregados em unidades de terapia intensiva, auxiliando o procedimento de intubação. 

A Prefeitura de Cuiabá emitiu nota de esclarecimento sobre o caso. Veja abaixo:

NOTA À IMPRENSA

Em relação à operação Cupincha, deflagrada nesta quinta-feira (28) pela Polícia Federal,  a Prefeitura de Cuiabá informa que nenhum mandado de busca e apreensão foi cumprido em prédio do Município. Destaca ainda que está a disposição das autoridades para colaborar com as investigações.​
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