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Sexta-feira, 26 de abril de 2024

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INFILTRADO EM FACÇÃO

Torturado e esquartejado, jovem levava vida dupla e foi "punido" por circular entre bandidos e policiais

Foto: Rogério Florentino - OD

Enderson (detalhe) era membro de facção e informante da Polícia.

Enderson (detalhe) era membro de facção e informante da Polícia.

Investigação da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) revelou que Enderson Júlio da Silva Leite, de 23 anos, conhecido como Dinho, foi assassinado com requintes de crueldade por conta da vida dupla que levava. O rapaz circulava entre criminosos, mas colaborava também com o trabalho da Polícia. Por conta disso, teve a morte decretada pelo ‘tribunal do crime’. Os restos mortais foram encontrados em maio do ano passado, em Várzea Grande, uma semana depois dele ter sido torturado e esquartejado.  


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“Pela circunstância e pelo que a gente apurou até então, há indicativo de que a vítima era faccionado e passou a ser um colaborador/informante da Polícia. Ao ser descoberto, recebeu o pecado capital da morte”, explicou o delegado Caio Fernando Albuquerque, do Núcleo de Repressão a Homicídios da praticados por integrantes de organizações criminosas, durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (20).

“A gente sempre destaca que não é ilegal esse comportamento. Qualquer pessoa pode ser um colaborador, seja da Polícia Militar, seja da Polícia Civil. O que se deve é ter uma cautela e saber até onde você se revela, revela sua identidade. Por isso, a pessoa deve se valer por meio de denúncias anônimas, não ser visto quando passar as informações, não deixar mensagens em celulares e outra forma que deixe as digitais do informante”, pontuou.

Os criminosos - de 26, 31, 28 e 45 anos - respondem pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e integração de organização criminosa. Eles são considerados foragidos e são procurados pela Polícia.

Tentativas de homicídio

Depois de executar Enderson, os criminosos tentaram ainda matar o irmão dele. Câmeras de segurança registraram o ocorrido. A filmagem, registrada em 6 de maio, por volta de 19h, mostra que um carro para em frente da residência onde a vítima estava naquela noite. Primeiro, uma mulher sai para conversar com quem estava dentro do veículo. 

Minutos depois, o jovem também vai ao local. Sem camisa e de bermuda, o irmão de Enderson também parece estar conversando com conhecidos. 

Em seguida, a câmera mostra a aproximação de outro carro, que para perto de onde o jovem estava. Rapidamente, um dos três suspeitos que estavam dentro do veículo desce e começa a atirar na direção do jovem.

Pelas imagens, é possível ver que os homens disparam aproximadamente 10 vezes. A vítima sai correndo e a mulher que estava com ele se abaixa para tentar se proteger dos tiros. 

Mesmo depois da fuga, os suspeitos continuam atirando contra o carro antes de saírem do local. Depois que os homens vão embora, uma mulher com uma criança no colo desde do veículo. 

Nesta ocasião, cinco pessoas são arroladas como vítimas de tentativa de homicídio.

Operação Comando da Lei 

Nesta segunda-feira (20), policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) deflagraram operação para cumprir oito mandados de prisão e de busca e apreensão contra criminosos envolvidos no homicídio de Enderson. 

A Operação Comando da Lei é realizada com o efetivo da DHPP de Cuiabá e apoio do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil e do Centro Integrado de Operações Aéreas de Segurança Pública (Cioaper).
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