Coordenador da campanha de Lula (PT) em Mato Grosso e responsável por tentar aproximar o ex-presidente do agronegócio do Estado, o senador Carlos Fávaro (PSD) defendeu a fala do petista sobre o setor na sabatina do Jornal Nacional, na noite da última quinta-feira (25). Nas redes sociais, Fávaro escreveu que Lula “separou o joio do trigo” e disse que a chapa Lula-Alckmin traz em seu plano de governo políticas públicas de desenvolvimento comprometidas com o meio ambiente.
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“Chega de distorções! Em resposta à jornalista Renata Vasconcellos, no Jornal Nacional, o presidente Lula separou o joio do trigo e mostrou qual a parte do agro que apoia políticas de desmatamento ilegal. O agro que faz o Brasil prosperar, que responde pela maioria do setor, é responsável e comprometido com o meio ambiente. As boas práticas não são apenas exigências de mercado, são questão de sobrevivência para o homem e a mulher que trabalham no campo. E para essas pessoas, o governo Lula e Geraldo Alckmin terá políticas públicas de desenvolvimento e já mostrou isso”, defendeu o senador mato-grossense.
A fala de Lula em relação ao agronegócio foi considerada a maior “escorregada” do petista durante a sabatina. Em resposta aos jornalistas William Bonner e Renata Vasconcellos, sobre o apoio de empresários do agro ao presidente Jair Bolsonaro (PL), Lula afirmou que a política do PT contra o desmatamento faz com que o setor seja contra sua candidatura. A fala repercutiu nas redes sociais bolsonaristas.
Lula chegou a chamar setores do agro de “fascista e direitista”, quando foi questionado pela apresentadora Renata Vasconcellos se ele colocava a produção agrícola e a preservação do meio ambiente em polos opostos.
“O agronegócio que é fascista e direitista [se opõe ao meio ambiente]. Porque os empresários sérios do agronegócio, que têm comércio no exterior, que exportam para a Europa e para a China, esses não querem desmatar. Esses querem preservar os nossos rios, as nossas águas, preservar a nossa fauna. Mas você tem um monte que quer”, disse, completando com uma brincadeira com o nome do ex-ministro Blairo Maggi (PP).
“Quem é que quer defender desmatador ilegal, escravagistas, grileiros? O agro do Brasil, sério e responsável, com certeza não. O agro brasileiro já mostrou que sabe como trabalhar e crescer”, pontuou Carlos Fávaro.