O deputado federal e candidato à reeleição Nelson Barbudo (PL) criticou a repercussão dos casos de violência política que aconteceram em Mato Grosso, na última quarta-feira (09), e chamou de “fatalidades do cotidiano” a morte de um apoiador do ex-presidente Lula (PT) e a agressão de um jovem de 22 anos, ambos praticados por eleitores do presidente Jair Bolsonaro (PL). O parlamentar defendeu ainda que não há “polarização” e pregou que sua militância siga a campanha de forma pacifica.

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“Isso infelizmente acontece, são fatalidades do cotidiano, como quando um homem agride e mata uma mulher, puxa uma arma para o outro no trânsito, briga de marmanjo alcoolizado em botequim... Homicídios acontecem diariamente em todo lugar. Quero frisar que não considero nenhuma morte normal, lamento a dor das famílias, mas não podemos associar ao Bolsonaro, querer culpa-lo, nem mesmo ao Lula. Vamos seguir nossa campanha em paz e essa é a mensagem que passamos para nossos apoiadores”, defendeu o deputado.

Baburdo argumentou ainda que as manifestações do Dia da Independência em todo o País não registraram atos de violência e, portanto, em sua avaliação não existe polarização.

Questionado pela reportagem do Olhar Direto se teme que, caso o acirramento se agrave, sua segurança ou a de seus apoiadores esteja em risco, o deputado garantiu que não.

“Tenho direito a andar com seguranças, mas não vejo necessidade. Nunca fui atacado, nunca presenciei nenhuma situação de violência. Ando com minha família tranquilamente porque sei que essas mortes não fazem parte da política que nós pregamos. Sou cristão e acredito que Deus está nos protegendo”, pontuou o parlamentar.

Casos em MT

Na última quarta-feira Mato Grosso registrou dois casos de violência política e um deles terminou em morte.
Em Sorriso, o padrasto de um jovem de 22 anos agrediu o enteado após ele postar um meme contra o presidente Jair Bolsonaro em suas redes socias. Além das agressões, também fez ameaças. O rapaz procurou a Delegacia para denunciar o caso e confirmou que a agressão foi motivada por questões partidárias. Caso está sendo investigado pela Polícia Civil.

Em Confresa, Rafael Silva de Oliveira, de 24 anos, matou o colega de trabalho Benedito Cardoso dos Santos, de 44, com cerca de 15 golpes de faca e machado, durante discussão em uma chácara. O crime aconteceu depois de um dia de trabalho.

Os dois estavam sozinhos na casa quando começaram a falar sobre política e se desentenderam. Em seguida,  deram início a uma briga física e, em certo momento, o rapaz esfaqueou o eleitor de Lula. Em depoimento à Polícia, Rafael confessou que “acabou saindo de si e matou seu colega com golpes de faca”.