No fim da tarde desta segunda-feira (9), um grupo de pessoas se reuniu na praça Ulisses Guimarães, em Cuiabá, para cobrar a punição 'sem anistia' para os terroristas que invadiram e depredaram prédios públicos em Brasília, neste domingo (8). Além da responsabilização, os presentes também exigiram respeito ao estado democrático de direito. O ato contou com a participação de pedestres que caminhavam pelo local e pararam para ouvir os discursos, além de representantes de movimentos sociais e militantes de partidos políticos. 

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Para a servidora pública Tânia Luz, de 54 anos, a participação na manifestação é uma das formas de legitimar a vitória do presidente Lula (PT). Ainda segundo Tânia, as cenas vistas em Brasília foram protagonizadas por 'fascistas' que não aceitam o resultado das eleições. 

"A gente precisa ir para a rua apoiar nosso presidente, porque ele foi eleito pelo voto democrático e legítimo e já foi provado que não houve fraude. Então as pessoas que estão depredando Brasília, elas não são manifestantes, elas estão destruindo nosso patrimônio [...]. Essas pessoas são fascistas e é nas ruas que a gente vai mostrar a força que tem um voto democrático", declarou. 

Ao lado da mãe, Jade Luz, estudante de psicologia, de 21 anos, afirmou que os atos de invasão em Brasília são consequência de outros ataques que já vinham acontecendo. Para a estudante, a manifestação pacífica é uma forma de repudiar as ações que ocorreram neste domingo (8) na capital Federal. 

"Acredito que manifestação é muito importante para lutar por qualquer direito que seja. A gente vem enfrentando muitos ataques nos últimos anos e o que aconteceu agora em Brasília é extremo. Apesar de estarmos em Mato Grosso, e sinto que aqui a maioria das pessoas são bolsonaristas, acho que a gente tem que enfrentar esse medo, vir para as ruas e mostrar que eles não tem essa legitimidade", contou. 


Já para o auxiliar administrativo Daniel Fontoura, de 26 anos, os ataques em Brasília mostram uma situação difícil, mas que precisa ser enfrentada. Em sua fala, Daniel reforçou ainda que ir para as ruas se manifestar sem violência significa mostrar que 'o povo também tem voz'. 

"A gente tem que lutar pela democracia agora, temos que ir para as ruas agora. O que aconteceu ontem nos três poderes foi uma coisa horrível, isso nunca aconteceu no Brasil, então nessas horas a gente precisa ter peito e mostrar que a gente também é o povo. Vim para mostrar que a gente também tem essa força", declarou. 

O deputado Estadual, Lúdio Cabral (PT), também participou do ato e criticou as ações feitas por terroristas na capital Federal. Para o parlamentar, o grupo que participou da ação criminosa de depredação dos prédios públicos representam uma pequena parcela da população. 

"Aqueles que defendem a democracia, aqueles que defendem o resultado legítimo das eleições, aqueles que querem um Governo Federal enfrentando os problemas concretos do nosso povo [...], aqueles que querem isso precisam ir às ruas. Nós precisamos ir às ruas para esclarecer o que está em jogo. Esses movimentos que estavam em Brasília representam uma parcela muito pequena da população", declarou o deputado. 

Além de Cuiabá, outras capitais registraram atos contra as ações golpistas. Cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte também contaram com manifestações organizadas por movimentos sociais. Em todas as cidades os manifestantes pediam a responsabilização sem anistia, ou seja, sem qualquer perdão ou cancelamento das penalidades já aplicadas contra os golpistas. 

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