Orientado a tomar atitude mais enérgica e a exonerar o general Júlio César Arruda do comando do Exército, o presidente Lula (PT) afirmou que não irá fazer "caça às bruxas", mexendo no comando das áreas de segurança. O petista entende que é preciso investigar a responsabilidade de todos os envolvidos no atos terroristas de 8 de janeiro (assista aqui).

Leia também:
Emanuelzinho comemora reajuste salarial para professores e diz que irá cobrar recomposição do Governo de MT

Conforme a imprensa nacional, o general cuiabano teria dado guarida e montado uma barreira diante dos golpistas que impediu que a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) desmantelasse o acampamento que abrigava terroristas em Brasília já na noite após a ação que destruiu o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF).

“Você não pode fazer caça às bruxas, sabe? Sem você analisar corretamente o que aconteceu. Você não pode substituir um jogador porque ele perdeu um gol. O que você tem é que apurar corretamente e ver o que aconteceu, ver onde houve negligência nossa, onde houve erro nosso”, argumentou, durante entrevista à jornalista Natuza Nery, da GloboNews.

O presidente disse que ficou magoado com a “negligência” dos responsáveis pela segurança do Palácio do Planalto e defendeu que a guarda do edifício funcione 24 horas por dia. Lula também relembrou os atos de vandalismo que aconteceram no dia da diplomação dele e do vice, Geraldo Alckmin (PSB), em 12 de dezembro.

“A impressão que a gente tinha era que a polícia estava dando guarida às pessoas, estava protegendo as pessoas que estavam fazendo quebra-quebra", declarou Lula, completando que é necessário recuperar o processo civilizatório do Brasil.