O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), não confirmou nem descartou sua candidatura ao Governo de Mato Grosso em 2026. Seus aliados, todavia, já trabalham a todo vapor para viabilizar o projeto. A construção passa pela reestruturação do PSD no Estado já nas eleições municipais do próximo ano.
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Oficialmente, Fávaro diz estar focado na missão que acabou de assumir no Governo Federal. “Estou focado em trabalhar muito para retomar as oportunidades do povo brasileiro. A questão eleitoral vem na sequência. Se o trabalho for exitoso, se render frutos, certamente vai abrir portas para uma disputa eleitoral. Deus vai saber qual o cargo irei concorrer em 2026”, disse nesta sexta-feira (27).
Fávaro chegou a ser cotado para concorrer ao Executivo mato-grossense no ano passado. Sua candidatura era um desejo do presidente Lula (PT), que chegou a formalizar o convite, mas o senador recusou porque havia se comprometido com sua família que não iria disputar aquele pleito. Além disso, o recuo passou por uma conversa com seu aliado à época, o governador Mauro Mendes (UNIÃO), que disputou a reeleição e ganhou.
Agora, conforme apurou a reportagem, o PSD pretende aproveitar o capital político herdado com a eleição de Lula para se viabilizar no Estado. A primeira articulação envolve as eleições municipais, que deverão servir para reestruturar os grupos políticos que foram embaralhados com os rompimentos do ano passado.
Em Cuiabá, principal colégio eleitoral de Mato Grosso, quem deverá representar o partido na disputa é Wilson Santos. O PSD, todavia, tem se alinhado cada vez mais à Federação que reúne PT-PV-PCdoB no Estado, e nesta sexta-feira o presidente do PT, Valdir Barranco, adiantou-se e anunciou a pré-candidatura de Rosa Neide (PT) ao Alencastro.
Quem também deverá concorrer novamente a um cargo eletivo em 2026 é Irajá Lacerda (PSD), que atualmente é secretário-executivo no Ministério da Agricultura.