Seis pessoas foram alvos da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), na manhã desta quinta-feira (9), entre elas o ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues da Silva (preso) e dois servidores do Hospital Municipal (HMC), Eduardo Pereira Vasconcelos e Nadir Ferreira Soares Camargo da Silva.
Veja nome de todos investigados ao fim da matéria.
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A Operação Hypnos foi deflagrada para o cumprimento de ordens judiciais relacionadas com a apuração de um suposto esquema que teria se instalado na Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP), no ano de 2021. A investigação revela desvio dos cofres da saúde pública em plena pandemia de covid-19.
Ao todo, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão domiciliar, dois afastamentos cautelares de exercício da função pública, contra Eduardo e Nadir, um mandado de prisão preventiva contra Célio, além do sequestro de R$ 1 milhão das contas de Célio, Eduardo e da empresa Remocenter Remoções e Serviços Médicos.
Durante as buscas domiciliares, os agentes apreenderam os aparelhos celulares dos investigados para extração de dados e análise do conteúdo. Na residência de Célio, a Polícia Civil localizou aproximadamente R$ 30 mil em espécie.
Investigação
Relatórios de auditoria da Controladoria-Geral do Estado apontaram indícios de desvios de recursos públicos na ECSP e, a partir disso, foram constatadas diversas irregularidades em alguns pagamentos, na ordem de R$ 1 milhão. Segundo a investigação da Deccor, esse dinheiro pode ter sido desviado dos cofres da saúde pública do município de Cuiabá e teria sido direcionado de forma indevida em plena pandemia de covid-19.
As apurações apontam que, em tese, foram autorizados pagamentos sem as devidas formalidades para uma empresa que, segundo levantamentos realizados, seria composta por pessoas que não teriam condições de administrá-la, bem como não possuiria sede física no local informado em seu registro formal. Essas evidências podem demonstrar tratar-se de uma empresa fantasma, cujos sócios administradores seriam laranjas.
Ainda, os indícios sugerem que esses pagamentos se referem à aquisição de medicamentos que não possuem, a princípio, comprovação de ingresso na farmácia da Empresa Cuiabana de Saúde Pública. Isso levanta suspeitas de que esses medicamentos, de fato, nunca teriam chegado a dar entrada no estoque da ECSP.
A Operação Hypnos foi deflagrada pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) e contou com apoio de equipes da Gerência de Operações Especiais (GOE) e da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO). Hypnos faz referência a um medicamento Midazolan, que é indicado para insônia.
Veja nome dos alvos:
Célio Rodrigues da Silva;
Eduardo Pereira Vasconcelos;
Nadir Ferreira Soares Camargo da Silva;
Monica Cristina Miranda dos Santos;
Maurício Miranda Mello;
João Bosco da Silva.