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Segunda-feira, 14 de outubro de 2024

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infectologista alerta

Carnaval e covid: 'É importante lembrar que essas pessoas podem levar a doença para casa'

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Carnaval e covid: 'É importante lembrar que essas pessoas podem levar a doença para casa'
Depois de dois anos com elevado número de casos de coronavírus, o Carnaval acontece com a situação mais controlada. A aglomeração e contato direto nesse período pode elevar os números de infectados pela doença, e consequentemente, causar mortes. A médica infectologista Dayenne Assis reforça os cuidados para evitar transmissão e alerta sobre risco de transmitir o vírus para pessoas com estado de saúde mais delicado.


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“O aumento do número de casos ele pode estar associado ao aumento do número de mortes, não nas proporções que a gente viu antes da vacinação. No Brasil, a gente tem uma eficácia vacinal relativamente boa. Isso reflete no número de internações, no número de mortes que hoje em dia está bem menor. A gente teve até agora no domingo (12), o primeiro dia sem mortes desde o começo da pandemia. Mas com o aumento do número de casos, pessoas mais frágeis, mais propensas a ficar grave, elas podem ir a óbito”, alerta.

Conforme a infectologista, o público jovem e com esquema vacinal completo tem risco reduzido de infecção. No entanto, a pessoa ainda segue como um transmissor. “Pessoa jovens com as doses de vacina completa é mais seguro. Elas vão pular o carnaval porque elas têm menos chance de doença grave, tem menos chance de complicar, mas é importante lembrar que essas pessoas podem levar a doença para casa”.

“Tem que pensar bem como é, quais as pessoas do seu convívio familiar, se existem pessoas com deficiência de imunidade, em tratamento quimioterápico, com medicações que diminuam a imunidade ou pessoas com AIDS”, acrescentou.

O SARS-CoV-2 é adaptável ao organismo humano e facilmente expelido em ambientes com aglomeração, a exemplo do Carnaval. Para Dayenne Assis, esquema vacinal completo e álcool em gel são as medidas mais fáceis de serem aplicadas considerando o contexto de festividades.

“É preciso cumprir algumas medidas, principalmente vacina. Dentre as medidas que a gente vê, eu acho que para o Carnaval o que vai mais se aplica é vacina. Porque é muito difícil usar máscara em um ambiente de festa, em que as pessoas vão suar, pular carnaval, dançar, isso é mais difícil. Mas usar o álcool gel ainda é de bom tom. As pessoas que não estão com as doses completas, principalmente aquelas que receberam uma dose, ou só as duas, e não fizeram o reforço, essas pessoas devem ir atrás de aplicar mais uma dose antes de pular o Carnaval”.

Ainda no contexto de não transmitir o vírus para pessoas mais vulneráveis, a infectologista cita as medidas em unidades de saúde. “É importante que nesses locais todo mundo use a máscara. A máscara é efetiva para bloquear o vírus, quando a gente tem uma infecção, seja ela subclínica, que é aquela que ainda não manifestou o sintoma, ou leve, que a pessoa ainda não se toque que está com covid. A máscara é importante nesse sentido porque ela vai bloquear o vírus, as gotículas expedidas foram bloqueadas. O vírus naquela barreira não vai encontrar outro organismo para poder infectar. É importante todo mundo usar máscara, quem está saudável e quem está lá na no serviço de saúde por algum tipo de doença também”.

Na maioria dos casos graves, a médica cita que envolvem pessoas não vacinadas. “O risco em relação a quem não se vacinou é bem maior. Porque a doença ela acaba sendo mais grave. O que a gente vê é que os óbitos que aconteceram nos últimos meses, no último ano, foram maiores em pessoas não se vacinaram, então, esse risco é bem direto, tem relação com a vacinação”.

Dayenne Assis cita um estudo recente sobre à proteção vacinal de pessoas que já foram infectadas e tomaram vacina, chamada por imunidade híbrida.

O estudo publicado por Lancet Infectious Diseases diz que um após o desenvolvimento da imunidade híbrida, uma pessoa tem até 95% menos chances de apresentar a forma grave ou precisar de hospitalização devido à infecção. Entre os infectados há um ano não imunizados, o percentual cai para 75%.

“Recentemente saiu um estudo bem interessante sobre a covid em quem se vacinou e teve a covid. Essas pessoas que se vacinaram e tiveram a doença, elas têm uma proteção híbrida, a gente fala que é da infecção natural mais a proteção da vacina, proteção vacinal.  Esses pacientes, essas pessoas tem uma chance menor de contrair a infecção, quase metade da chance de contrair infecção, quem tem essa imunidade híbrida. E tem uma proteção em torno de 95% de não ter doença grave. Então esse é um dado interessante, que eu acho que a gente pode colocar para quem está pensando em ir curtir as festas do carnaval”.
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