O secretário de Saúde de Várzea Grande, Gonçalo de Barros, declarou que os três casos confirmados de meningite no município não configuram um surto da doença. Segundo o chefe da pasta, as três crianças vieram com a suspeita de meningite de outras cidades e coincidentemente tiveram o diagnóstico confirmado no Pronto-Socorro de Várzea Grande. As crianças seguem internadas em isolamento na unidade de saúde, com quadro de saúde estável.
Leia mais:
Prefeitura confirma três casos de meningite em pronto-socorro de Várzea Grande
Em comunicado à imprensa, Gonçalo destacou que as crianças não possuem vínculo epidemiológico entre elas, já que vieram de municípios diferentes. O secretário acrescentou ainda que esporadicamente Várzea Grande apresenta casos de meningite. Um quarto caso também segue sendo investigado.
“As crianças acometidas não possuem vínculo epidemiológico entre elas, cada uma reside em um município diferente. Tendo havido coincidência na ocasião do adoecimento e internação pela doença no mesmo hospital. Nestes casos não tem como considerar um surto, apesar de as duas crianças serem de Várzea Grande, uma delas é do Espinheiro, Zona Rural do município. O exame da quarta criança está em análise, mas não há sintomas de meningite, e sim gripal, mas o caso está sendo investigado”, disse o secretário.
Segundo dados da Vigilância Epidemiológica, os três casos confirmados em crianças, sendo um neonato de 20 dias (sexo masculino) residente em zona rural/nas proximidades do município de Jangada, um lactente de cinco meses (sexo masculino) residente em Várzea Grande e uma criança de três anos (sexo masculino) residente em Santo Antônio do Leverger.
Em relação ao tipo de meningite, se bacteriana, viral ou por outros agentes etiológicos, segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Relva Cristina de Moura, dois casos foram confirmados como sendo meningite bacteriana e um de meningite viral, após análise de resultado dos exames laboratoriais.
“Dentre os três casos, temos a criança de 20 dias que se encontra sem registro das vacinas que são realizadas logo após o nascimento, sendo elas a BCG e a Hepatite B. A criança de cinco meses possui o esquema vacinal em dia, apresentando atraso somente na vacina de cinco meses, que protege contra a meningite (meningococo c), e, a criança de três anos apresenta esquema vacinal em dia, não tendo vacinas pendentes”, afirmou Relva.
A reportagem do Olhar Direto procurou a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), que também confirmou os casos registrados em Várzea Grande. Segundo a pasta estadual, até o momento, 56,4% do público menor de 1 ano foi vacinado contra a doença em 2023. Dos últimos três anos, 2021 foi o que registrou a menor taxa de cobertura vacinal, chegando a 77% do público.
Sobre o estado de saúde das três crianças, elas seguem internadas em leitos de isolamento e estão sendo acompanhadas pela Vigilância Epidemiológica Municipal. Quadro de saúde estável - sinais vitais estáveis – e sem febre nas últimas 48 horas.
A meningite é uma doença que atinge o sistema nervoso, caracterizada por um processo inflamatório que acomete a membrana que envolve o cérebro e a medula espinhal das pessoas. É frequentemente ocasionada por vírus ou bactéria.