O Sindicato dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de Mato Grosso (Sindessmat) divulgou que os hospitais particulares de Cuiabá estimam um aumento de até 300% na procura por atendimento para crianças no Pronto Atendimento, e lotação de 100% das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e leitos de internação pediátricos.
Leia mais:
Gilberto diz que hospitais operam com capacidade máxima e apresenta plano de expansão de leitos ao governador
Segundo dados colhidos pelos Sindessmat, o aumento na procura por atendimentos de pediatria nas unidades de urgência e emergência ocorre no período de alta de casos de síndromes gripais e doenças respiratórias.
O crescimento acontece no atendimento ambulatorial e no pronto atendimento, e ocorre devido a sazonalidade dos vírus respiratórios. Algumas variantes de vírus prevalentes, como a Influenza, a Covid e o Rinovírus, que causam nas crianças e idosos esses sintomas gripais.
Assim como alerta o boletim InfoGripe, divulgado na última segunda-feira (27) pela Fiocruz, apontando que 20 das 27 capitais apresentam sinal de crescimento no número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
“Os hospitais e pronto atendimento da nossa Capital estão repletos de doentes. Temos crianças e adultos ocupando os leitos com sintomas de viroses e outras doenças infectocontagiosas que estão pairando na nossa cidade. Algumas instalações médicas fecharam o Pronto Atendimento esta semana devido a superlotação e a capacidade de receber novos pacientes está se esgotando”, disse a médica infectologista, Dra. Taynná Correia.
A médica reforça ainda que é importante as pessoas saberem que podem, de forma particular ou até mesmo associadas aos planos de saúde, optar por alguns tratamentos fora dos hospitais, mantendo medicações e acompanhamento médico em clínicas de desospitalização.
Desse modo, o paciente não ficará exposto a zona de alto contágio como ambientes hospitalares superlotados, anulando o risco de adquirir novas doenças ou até mesmo de ficar sem receber tratamento devido a elevada demanda a qual os hospitais são submetidos por conta da falta de informação referente a essa possibilidade alternativa de tratamento.
"A desospitalização é uma opção mais barata, coberta por convênios e segura para os doentes que já estão estáveis. Nesse sentido, os pacientes sem sinais de gravidade podem terminar seu tratamento antibiótico ou realizar o tratamento completo no Centro de Infusão. Os benefícios são múltiplos, dentre eles, é valido ressaltar que além da proteção ao quadro clínico do paciente, será preservado também a saúde da família que o acompanha nesse tratamento. O paciente poderá inclusive por muitas vezes até manter suas atividades laborais”, explica a infectologista.
“A prática que leva pacientes sem sinais de gravidade a tratamentos fora do ambiente hospitalar, os direcionando ao Centro de Infusão é uma demanda crescente que explodiu na pandemia de covid-19, mas voltou com força devido ao cenário que estamos vivendo hoje em Cuiabá", complementa.
Diante do exposto, a médica orienta que a população cuiabana recorra às clínicas especialistas em desospitalização fora do ambiente hospitalar, para não piorar quadros leves.
A orientação geral também é manter os cuidados diários como: limpeza frequente das mãos, evitar o contato com pessoas que manifestam sintomas gripais, o uso de máscara para pessoas com sintomas, e assim que possível, tomar a vacina da gripe logo que ela esteja disponível.
(com informações da assessoria)