Ativista pelos direitos das pessoas com deficiência, Ivan Baron detonou o comportamento da ex-primeira dama do Brasil, Michelle Bolsonaro, e da deputada federal Amália Barros, durante evento do PL Mulher em João Pessoa, neste sábado (15). O influencer afirmou que as amigas prestaram um desserviço ao protagonizarem a cena em que a mulher do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pede que a parlamentar retire a prótese ocular durante discurso e coloca o objeto no bolso, sem qualquer cerimonia ou cuidado com a higiene.

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“Muito me admira a deputada federal aceitar a tal ‘brincadeirinha’ da companheira, que coloca a sua prótese ocular dentro do bolso, sem a devida higienização. Um verdadeiro desserviço à saúde ocular, pauta que ambas defendem”, disse, em reels postado nas suas redes sociais, após o vídeo de Michelle e Amália viralizar nas redes sociais, neste domingo (17).

Ivan disse ainda que a situação o fez relembrar o “circo de horrores” muito comum nos anos 40, quando pessoas com deficiência eram tratadas como atração de entretenimento. “Os seres exóticos da época, tudo para agradar a plateia, que assistia”. O influencer afirmou que Michelle foi desnecessária e capacitista.

O influenciador digital Ivan Baron foi uma das pessoas escolhidas para representar "o povo brasileiro" e transmitir a faixa de presidente da República a Lula durante a cerimônia de posse, no dia 1º de janeiro. Ele é de Natal, no Rio Grande do Norte, e tem 24 anos. Se apresentando como o "influenciador da inclusão", ele tem cerca de 1 milhão de seguidores nas suas redes sociais: são 485 mil seguidores no Instagram e outros 657,8 mil no TikTok.




“Deixa eu pegar seu olho”

O momento foi compartilhado nas redes sociais e chamou muita atenção. A intenção de Michelle, a princípio, era de comover o público presente no evento. O ato considerado anti-higiênico chamou atenção nas redes sociais.

A ex-primeira-dama retira a prótese e coloca no bolso. Amália, que foi lançada politicamente por Michelle e hoje ocupa a vice-presidência nacional do PL Mulher, começou o discurso com a seguinte frase: “Ela sempre faz isso comigo e eu ainda não aprendi”.

Após perder a visão de um dos olhos de forma repentina, Amália passou a travar uma luta pelos direitos das pessoas com a mesma condição. Como principal representante da causa monocular no país, ela lutou pela aprovação de uma Lei que leva seu nome e reconhece a visão monocular como deficiência visual, do tipo sensorial, para todos os efeitos legais.