No último dia 22 de fevereiro, parlamentares de oposição protocolaram, na Câmara dos Deputados, um pedido de impeachment contra o presidente Lula (PT), pelas declarações dele com relação à guerra entre o grupo terrorista Hamas e Israel.
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No documento, eles pedem a condenação do Chefe do Palácio pelo crime de responsabilidade, sob o argumento de que a conduta do “denunciado consiste na prática de ato de hostilidade contra o Estado de Israel, por meio de declarações de cunho antissemita, comprometendo a neutralidade do país”.
Ao todo, foram coletadas 139 assinaturas de deputados de oposição ao governo petista - dentre elas de 5 deputados de Mato Grosso. Nesta semana, o senador Wellington Fagundes (PL) foi questionado quais são as reais chances do pedido de abertura do processo de impeachment contra Lula avançar na Câmara e no Senado.
Ele afirma que a probabilidade é baixa porque, segundo avalia, tanto o presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL), quanto o presidente do Senado, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), são da base do presidente da República.
De acordo com a legislação, o processo de admissão do pedido de impeachment é da Câmara dos Deputados e seu julgamento é feito pelo Senado Federal.
“Muito, muito pouco provável [abertura do processo de impeachment]. Até porque, aí esse é um problema. O Rodrigo [Pacheco] foi eleito com o apoio do governo. Então, por isso às vezes quem é eleito com apoio do governo, ele está ali para servir o governo”, observou.
“Por isso que às vezes uma candidatura de oposição é importante. Não só para questionar, mas também para poder fazer um contraponto. Agora, por exemplo, o presidente do Senado e o presidente da Câmara [Arthur Lira] todos apoiam o governo”, finalizou.