O deputado estadual e pré-candidato à prefeitura de Cuiabá pelo Partido dos Trabalhadores  (PT), Lúdio Cabral, afirmou que o vice-candidato da Federação Brasil da Esperança na capital será de outra sigla e não de um dos três partidos que compõem o bloco, que tem em sua composição o próprio PT, Partido Verde (PV) e  PC do B. Esses três partidos devem escolher um único nome para concorrer às eleições, conforme determina o regimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

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“O perfil da vaga de vice será um que complemente a nossa identidade e passe a mensagem de união, de trajetórias diferentes, mas com compromissos com o mesmo projeto. A vaga de vice deverá vir de outros partidos, e não de dentro da Federação. Exatamente porque queremos ampliar o arco de alianças que irá defender o programa que iremos discutir em diálogo com a população”, disse. 

A escolha do candidato da federação deve ficar entre Lúdio e o atual vice de Cuiabá, José Roberto Stopa (PV). Em entrevista à Rádio Cultura nesta segunda-feira (18), o deputado afirmou que desde que seu nome foi aprovado internamente pelo diretório de Cuiabá - em dezembro último -, ele tem mantido uma agenda de diálogo com o Stopa. Além disso, ele contou que os três partidos têm feito reuniões periódicas para pensar em uma possível chapa de vereadores, agenda de debates para construção de programas de governo e definir quem dos dois será aprovado como candidato a prefeito da Federação. 

“Espero que transcorra com tranquilidade e a gente dê conta de já apontar essa resposta, essa decisão até o final de março, talvez, no máximo, até o dia 5 de abril que é o prazo limite para filiações partidárias”, disse o petista. 

O parlamentar afirmou que a intenção tanto dela quanto a de Stopa é tomar uma decisão “madura, por consenso”, na medida que o processo for amadurecendo. Cabral destacou que ambos optaram por não estabelecer critérios à medida que isso poderia favorecer um deles. 

“Nós optamos por construir uma relação cotidiana entre os partidos, fortalecer a federação, identificar os nomes que irão compor a nossa chapa de vereadores e vamos aos poucos, à medida que a conjuntura for evoluindo, amadurecendo uma decisão”, pontuou. 

Lúdio disse que conversou com Stopa e tiveram um encontro na última sexta-feira no qual eles trataram principalmente sobre apoios. Lúdio afirmou que a ordem de momento é manter o diálogo entre a Federação e outros partidos, inclusive os que são partidos aliados, como é o caso do PSD do Ministro Carlos Fávaro, que já anunciou apoio ao nome da Federação. 

Ele acrescentou também que há uma agenda com a Rede e um desejo de aproximação com o PSOL e a federação Cidadania/PSDB.  

"Eu tenho conversado muito com o Marrafon, presidente estadual do Cidadania, e a gente tem sintonia em uma série de questões e a políticas públicas que o município precisa. O PSDB, eu já sentei com o Marcelo Maluf para conversar e converso praticamente toda semana com o Avallone - presidente estadual do PSDB. Eu sonho em ter essa federação junto com a gente". 

Além disso, o deputado afirmou que sonha em ter o PSB em seu palanque. No âmbito nacional, o partido é da base do governo Lula (PT). No entanto, o cenário por aqui é diferente. Aqui no Estado de Mato Grosso o partido é da base do governador Mauro Mendes (UNIÃO), do qual Lúdio faz oposição. O deputado, porém, disse que vem conversando com parlamentares da sigla e disse que não custa nada sonhar.  

“No PSB, partido do vice-presidente da República, eu tenho conversado bastante com o Max, Allan Kardec, Beto Dois a Um. Sei que o PSB tem uma proximidade com o governo do Estado, sei do peso que  o Botelho tem sobre a mesa diretora, mas não custa tentar, não custa sonhar e todas as vezes que converso com eles eu digo: me honraria ter o apoio do PSB que tem o vice-presidente da República”, salientou. 

Lúdio, porém, descartou a possibilidade de buscar interlocução nacional para “enquadrar” o PSB aqui em Mato Grosso. “A gente quer do lado da gente quem venha espontaneamente. Não queremos ninguém na marra e não vamos botar a faca no pescoço de ninguém”.