O senador Wellington Fagundes (PL) afirmou nesta segunda-feira (18) que esteve reunido com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Mauro Oliveira Pires, para tratar da concessão de permissão para a execução de obras na região do Portão do Inferno, na MT-251, que desde o final do ano passado tem registrado desabamento de rochas e deslizamentos de terra, causando bloqueios na passagem de veículos. 

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Na última semana, a Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) afirmou ter protocolado uma proposta junto ao ICMBio para a realização de uma obra de retaludamento das encostas do Portão do Inferno, que fica dentro do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães. 

O retaludamento consiste no processo de terraplanagem através do qual se alteram, por cortes ou aterros, os taludes originalmente existentes em um determinado local para se conseguir uma estabilização deste.

Nesta segunda, Fagundes afirmou que conversou tanto com a ministra quanto o presidente do ICMBio sobre a situação da cidade de Chapada que, nas palavras dele, “está praticamente isolada”, em referência à situação de emergência, com tráfego de veículos controlados.

A situação da rodovia tem causado transtorno aos viajantes e, principalmente, para moradores e comerciantes da cidade. Esses tráfego controlado têm gerado reclamações de comerciantes e até mesmo do prefeito da cidade, Osmar Froner, que recentemente levantou a possibilidade de declarar situação de emergência financeira na cidade. A medida, no entanto, não foi implantada até o momento.  

O senador disse que solicitou à ministra que ela interviesse para agilizar o processo de renovação do convênio entre a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e o ICMBio que permita a própria Sema autorizar a realização de obras em locais como o Portão do Inferno. Segundo Fagundes, intervenções no local não vão atingir áreas do Parque Chapada dos Guimarães. 

“Felizmente a Sinfra já anunciou os estudos para fazer ampliação sem, digamos, ter impactos ambientais. No entanto, precisa então dessa autorização. Como tinha uma licença delegada à Sema, nós pedimos para agilizar essa renovação, porque isso permitirá que a própria Sema possa fazer [autorização], já que não vai atingir, digamos, o parque, não vai atingir principalmente as áreas ali que são consideradas intocáveis, como de pinturas rupestres e outras situações”, disse o senador. 

“A ministra Marina, junto com o presidente do ICMBio foram muitos claros e disseram: 'olha, tragam os projetos que nós queremos aprovar o mais rápido possível'. Então, ela tem consciência do que representa nesse momento o sofrimento que está a população de Chapada e principalmente também os comerciantes, porque, claro, isso aí perturba muito a economia da região”, completou.