A missão empresarial brasileira à China, promovida pela Rede de Centros Internacionais de Negócios (Rede CIN), da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que tem o CIN-MT, da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt) como articulador estadual, chegou na terça-feira (13/10) a Guangzhou, pólo industrial ao Sul da China onde será realizada a Canton Fair, evento multissetorial que terá cerca de 50 mil expositores de 35 países.
Nesta quarta-feira (14/10), o grupo visitará a maior indústria de cerveja da China, a Zhujiang Brewery Group, para conhecer um sistema de alta tecnologia que economiza energia no processo produtivo. A comitiva de 70 pessoas, sendo 13 de Mato Grosso, também participará de um seminário para conhecer as oportunidades comerciais que Guangzhou oferece.
Durante seminário realizado em Pequim no domingo (11), o gerente do centro de negócios da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), César Yu, e a conselheira econômica da embaixada do Brasil na China, Tatiana Rosito, afirmaram que Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Acre e Roraima têm mais chances de aumentar a venda de carne à China, pois são estados reconhecidos pelo país asiático como livre de febre aftosa.
Na oportunidade, o diretor da Fiemt, Antonio Carlos Garcia, expôs as potencialidades de Mato Grosso com a produção de grãos e carnes, relatando o plano de sucesso para erradicação da febre aftosa e sobre o esforço do governo estadual para inserir as plantas frigoríficas da região na pauta de importação da China. “Mato Grosso está preparado para exportar carne bovina pra China e gostaria de conhecer os caminhos para viabilizar e agilizar essa aprovação, por parte do governo chinês”, salientou.
Segundo a conselheira, os setores de alimentos, agrobussiness e biocombustíveis estão entre os que têm mais possibilidades de fechar novos negócios com os chineses. A embaixada do Brasil já recebeu, este ano, alguns estados brasileiros interessados em exportar para o país e captar investimento estrangeiro para suas regiões. “A meta é diversificar e tornar mais eficiente a pauta de exportação do Brasil pra China”, comenta. Ainda na capital do país asiático, a delegação visitou o Centro Industrial de Alta Tecnologia da China e a sede da Embraco.
De acordo com a coordenadora do CIN-MT, Gabriela Fontes, que acompanha o grupo mato-grossense na comitiva, O Setor Comercial da Embaixada do Brasil no país é pequeno, porém atuante. “Os representantes da embaixada se colocaram à disposição dos brasileiros. Foi uma boa oportunidade para verificar junto ao órgão a possibilidade da Fiemt, por meio do CIN-MT, fazer a ‘ponte’ para a indústria e governo de Mato Grosso viabilizarem novos negócios”. Ainda de acordo
com ela, a afirmação da embaixada é de que os investimentos chineses na área de infraestrutura estão cada vez mais concretos e viáveis.
BEIJING - Uma das fábricas visitadas pela comitiva foi a Embraco. A empresa é brasileira segmentada com uma chinesa. Juntas elas são responsáveis pela fabricação de compressores e contam com 1.600 funcionários. A Embraco começou a exportar para China em 1986 e, em 1995, consolidou parceria com a Snow Flake para fabricar e distribuir no mercado interno. Além do país asiático, a indústria tem fábricas na Itália, Eslováquia, Estados Unidos e México, e detém 20% do market share mundial.
Segundo a coordenadora do CIN-MT, o grupo conheceu a planta fabril, a forma de gerenciamento da empresa, os programas para desenvolvimento dos funcionários, premiações, além de fazer um reconhecimento do mercado local. “Os participantes ficaram impressionados com o que viram durante a visita, principalmente com a organização e a atitude empreendedora da empresa em instalar-se na China”, finalizou.
