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Terça-feira, 14 de maio de 2024

Notícias | Economia

Bovespa fecha em baixa de 2,96%, pior queda em quatro meses

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) amargou sua pior queda em quatro meses na jornada desta terça-feira, no que alguns profissionais de mercado já chamam de "volta à realidade". O "efeito IOF" e alguma cautela com o PIB americano, que deve ser revelado depois de amanhã, pressionaram o mercado brasileiro de ações, que operou "descolado" de sua principal referência externa, a Bolsa de Nova York, que teve ganhos modestos. A taxa de câmbio bateu R$ 1,73.


Há um ano, a Bolsa de Valores brasileira chegou ao "fundo do poço", derretendo para "o preço" dos 29.435 pontos. Desde essa data, já recuperou 114,6%. O preço da moeda americana, por sua vez, desvalorizou 22,5%.

O Ibovespa, termômetro dos negócios da Bolsa paulista, retrocedeu 2,96%, cravando os 63.161 pontos. O giro financeiro foi de R$ 6,08 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York teve alta de 0,14%.

"O mercado finalmente acendeu a 'luz amarela' sobre o IOF sobre capital estrangeiro. E os investidores começaram a ter dúvidas sobre a participação dos estrangeiros nos próximos IPOs [lançamento de ações]. Além disso, os preços das ações já estavam superestimados [muito valorizados]", sintetiza Expedito Araújo, da mesa de operações da corretora Alpes. "Mas acho que, mais uma vez, o mercado exagerou um pouco. Como já estava exagerando lá atrás. Quando a Bolsa começou a subir, havia muita gente falando no Ibovespa de novo aos 74 mil pontos [recorde histórico]. Isso aconteceu no ano passado, quando havia a expectativa do mundo crescer mais de 3% e o Brasil, 5%. Esse não é o mais o nosso cenário de agora", acrescenta.

O mercado de câmbio manteve a cotação de R$ 1,739. A taxa de risco-país marca 240 pontos, número 0,41% abaixo da pontuação anterior.

Em relatório divulgado hoje, a agência Moody's afirma que o efeito do IOF sobre capital estrangeiro terá efeito "marginal" e "transitório" sobre as taxas de câmbio. "Assim, como nós já notamos, há muito pouco o que as autoridades podem fazer para conter o fluxo de capital (...). Portanto, um cenário envolvendo um real forte é o mais provável a ser enfrentando em 2010", avalia Mauro Leos, analista-chefe para o Brasil dessa agência.

Confiança nos EUA piora

Entre as principais notícias do dia, o instituto privado Conference Board mostrou que houve uma piora no nível de confiança do consumidor americano na economia de seu país. O índice que sintetiza a sondagem de opinião pública do instituto teve leitura de 47,7 pontos neste mês --a segunda pior leitura desde maio--, contra os 53,4 pontos pontos registrados em setembro. Analistas de mercado estimavam um índice em torno dos 53 pontos.

Ainda nos EUA, o setor imobiliário deu novos indícios de recuperação: o importante índice de preços S&P/Case Shiller apontou alta de 1% em agosto, considerando os imóveis comercializados nas 20 principais regiões metropolitanas desse país.

O Banco Central informou que o nível de inadimplência no país teve o seu primeiro recuo desde setembro de 2008, mês em que começou o agravamento da crise econômica.

A Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) revelou que o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) subiu 0,16% na terceira quadrissemana de outubro --30 dias até 23/10--, ante alta de 0,09% no período imediatamente anterior.

Empresas

No front corporativo, o investidor teve uma bateria de balanços importantes para avaliar. A gigante alemã do setor farmacêutico Bayer anunciou uma retração de 10,1% em seu lucro líquido no terceiro trimestre. O resultado foi ainda pior para a montadora japonesa Honda Motor, que registrou uma queda de 56% em seu lucro líquido no segundo trimestre do ano fiscal 2010 (período de julho a setembro).

A britânica BP (petróleo) também não teve desempenho melhor: o lucro líquido caiu 34% no terceiro trimestre, para US$ 5,336 bilhões, com uma baixa de 37% do faturamento, para US$ 67,9 bilhões.

E a brasileira Klabin registrou lucro líquido de R$ 183 milhões no terceiro trimestre, revertendo prejuízo de R$ 256 milhões de reais um ano antes, beneficiada principalmente pela melhora em seu resultado financeiro.

Ontem à noite, a brasileira Marfrig comunicou lucro líquido de R$ 200,497 milhões no terceiro trimestre, revertendo prejuízo de R$ 52,685 milhões em igual período do ano passado.
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