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Terça-feira, 30 de abril de 2024

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Movimento estudantil italiano apoia abaixo-assinado que pede extradição de Battisti

O movimento estudantil italiano Ação Universitária e o partido conservador Liga Norte, alinhado ao governo do premier Silvio Berlusconi, aderiram nesta quarta-feira ao abaixo-assinado que pede a extradição do terrorista Cesare Battisti.


A iniciativa é do líder do partido governista PDL (Povo da Liberdade) no Senado, Maurizio Gasparri, que pretende assim pressionar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a acatar a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que há uma semana votou pela extradição.

Condenado em seu país à prisão perpétua por quatro assassinatos ocorridos na década de 1970, o terrorista italiano está preso no Brasil desde 2007. Na semana passada, após recomendar a extradição, o STF optou por delegar ao presidente a decisão sobre o caso.

Ao manifestar seu apoio ao abaixo-assinado, o presidente da Ação Universitária, Giovanni Donzelli, pediu a Lula que "demonstre governar um país civil e democrático e dê continuidade à decisão do Supremo Tribunal Federal".

Por sua vez, os senadores da Liga Norte Gianvittore Vaccari e Piergiorgio Stiffoni disseram, em uma nota conjunta divulgada nesta quarta-feira, que "são surreais, para dizer pouco, o silêncio e a anômala espera pelas decisões da Presidência brasileira sobre a extradição de Cesare Battisti".

Os senadores também anunciaram sua adesão ao abaixo-assinado promovido por Gasparri, e disseram considerar a sentença do STF "pilatesca", referindo-se a Pôncio Pilatos que, segundo o relato bíblico, "lavou as mãos" diante do destino de Jesus Cristo e permitiu sua crucificação.

Na visão dos senadores da Liga Norte, uma decisão rápida de Lula em favor da extradição de Battisti "é um ato de respeito em relação aos familiares das vítimas deste sanguinário pseudo-escritor terrorista e aos nossos honestos emigrantes [que vivem] no Brasil".

"Quanto dura ainda esta espera?", questionaram os parlamentares na nota oficial.

A ministra da Educação da Itália, Mariastella Gelmini, também aderiu ao apelo de Gasparri pela extradição de Battisti, que foi membro do grupo PAC (Proletários Armados pelo Comunismo).

"Só com a entrega deste personagem à Justiça italiana poderá se concluir um caso histórico e jurídico desconcertante em muitos aspectos, que se arrastou incrivelmente por muitos anos, humilhando os familiares das vítimas e agravando sua dor", afirmou.
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