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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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GVT crescerá de 20% a 30% anuais nos próximos anos, diz presidente da Vivendi

A GVT seguirá crescendo a uma taxa anual de 20% a 30% pelo menos nos próximos dois a três anos, afirmou nesta quinta-feira o presidente-executivo da Vivendi, controladora da empresa brasileira, Jean Bernard Levy, em entrevista à agência de notícias Reuters.


No terceiro trimestre de 2009, dado mais recente disponível, o número de assinantes, a receita e a geração de caixa da GVT cresceram nessa faixa percentual, em relação ao mesmo intervalo de 2008.

Levy --que acumula o posto de chairman da GVT-- disse ainda que a companhia brasileira poderá ampliar o plano de investimento em 2010 de 850 milhões de reais, aprovado pelo Conselho nesta semana, para acelerar o crescimento.

Conforme o executivo, o Conselho da GVT voltará a se debruçar sobre os investimentos programados em março ou abril. "Estamos pensando, mas ainda não tomamos uma decisão [sobre acelerar os investimentos da GVT]", comentou.

Depois de uma intensa batalha com a espanhola Telefónica pela GVT, a Vivendi anunciou em novembro do ano passado ter assegurado a compra de uma participação majoritária na empresa-alvo. O grupo francês informou na quarta-feira que alcançou fatia de quase 86% no capital da GVT.

De acordo com Levy, o objetivo número um da Vivendi com a GVT é ter sucesso nos negócios principais da companhia --em telefonia fixa e Internet rápida a clientes residenciais e corporativos.

O executivo destacou que há grande oportunidade no mercado de TV paga no Brasil, por ser um serviço de penetração ainda baixa quando comparado ao de outros países. "Estamos ativamente olhando para essa oportunidade", destacou. "O plano hoje seria irmos 'greenfield' em TV por assinatura."

Já o setor de telefonia móvel é visto com cautela, diante da existência de quatro grandes empresas estabelecidas e um mercado que estaria mais perto da saturação. "Não coloco isso [telefonia móvel] no topo da agenda."

De maneira geral, ao falar sobre a estratégia da Vivendi, Levy destacou que o foco está na oferta de serviços que não estejam chegando aos consumidores com qualidade e preço adequado pelas companhias dominantes.

O conglomerado francês procura oportunidades de aquisição em países em forte crescimento, disse Levy. Ele evitou dar pistas sobre regiões, mas destacou que a China está fora dos planos, pela impossibilidade de os estrangeiros terem posição de controle em empresas naquele país. No Brasil, não há mais compras em vista neste momento.

CVM

A aquisição do controle da GVT pela Vivendi incluiu uma série de opções de compra de ações da empresa. A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) está investigando a operação, que foi questionada pela unidade brasileira da Telefónica. "Nós agimos completamente em linha com as regras", afirmou Levy.

O primeiro contato da Vivendi com a GVT ocorreu em agosto do ano passado. Algumas semanas depois, em 8 de setembro, a Vivendi se dispôs a pagar R$ 42 por ação da GVT.

A Telefónica fez uma contraproposta de R$ 48 por ação da GVT e depois elevou sua própria oferta a R$ 50,50, antes da tacada final da Vivendi de R$ 56 por papel da empresa brasileira.

A GVT atua em ao redor de 90 cidades e tem forte presença no Sul, região de origem. A empresa foi constituída no Paraná em 1999 e acelerou sua expansão geográfica a partir de 2007, ano em que realizou uma oferta inicial de ações na Bovespa.

Atualmente com uma rede de mais de 15 mil quilômetros, a GVT pretende chegar aos Estados do Rio de Janeiro e São Paulo entre 2010 e 2011.
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