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Sábado, 18 de maio de 2024

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Bovespa teve baixa, mas manteve 70 mil pontos; dólar subiu a R$ 1,748

A decepção com os resultados da Alcoa e novas medidas de restrição monetária na China ditaram o rumo dos negócios nos mercados brasileiros na terça-feira. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em baixa, mas defendeu os 70 mil pontos.

A decepção com os resultados da Alcoa e novas medidas de restrição monetária na China ditaram o rumo dos negócios nos mercados brasileiros na terça-feira. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em baixa, mas defendeu os 70 mil pontos. O dólar voltou a ganhar valor do real, porém não fixou posição acima de R$ 1,75. Os juros futuros acumularam prêmio de risco.


Na noite de segunda-feira, a Alcoa deu a larga na temporada de balanços com um resultado pior do que o esperado. Com isso, outras ações do setor entraram na mira de venda. A China também contribui para o tom negativo. O banco central do país voltou a dar sinais de aperto monetário, alterando as taxas de empréstimo interbancário de um ano. Na semana passada, o banco já tinha elevado a taxa dos empréstimos de três meses. O BC também tirou 200 bilhões de yuan do mercado recomprando títulos de 28 dias. Anunciou um aumento de 0,5 ponto percentual na alíquota do depósito compulsório, medida que tem validade a partir da próxima segunda-feira.

As ações aconteceram depois que um relatório mostrou que os empréstimos bancários subiram de forma bastante acentuada na primeira semana do ano, ajudando a elevar as preocupações com um superaquecimento da economia.

Ao tentar conter o ritmo de crescimento, o BC chinês acaba estimulando uma correção no preço das commodities, já que o país é grande comprador mundial. Por esse mecanismo de transmissão, as ações na Bovespa perdem força e o dólar ganha fôlego.

O Ibovespa chegou a cair mais de 1,6%, mas compras no final do dia, concentradas nas ações da Vale e da OGX, limitaram as perdas a 0,51%, para 70.075 pontos. O giro financeiro ficou em R$ 6,3 bilhões.

Passando para o lado corporativo, nesse começo de ano os papéis da chamada quinta linha vêm apresentando forte movimentação e valorização. Para um operador de mercado que preferiu não se identificar, 70% dessa movimentação é apenas especulativa, ou seja, não há fundamentação para as compras.

O especialista lembra que algumas teorias de mercado sugerem que quando esses papéis começam a subir é que o ciclo de valorização está próximo do fim. Falta alternativa nas linhas mais nobres e o investidor corre para esses papéis baratos, mas sem fundamentos. Entre os exemplos estão Laep, Parmalat, Gradiente, TecToy, Teka, Kepler Weber, Agrenco e Chiarelli.

Da bolsa para o dólar, a formação da taxa de câmbio não escapou à piora da percepção de risco ocasionada pelo números da Alcoa e pelas as medidas chinesas.

Ao final da jornada, o dólar comercial valia R$ 1,746 na compra e R$ 1,748 na venda, valorização de 0,69%. O preço é maior desde o dia 24 de dezembro, quando a moeda fechou a R$ 1,7527.

Na roda de " pronto " da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM & F) o dólar subiu 0,60%, para R$ 1,7475. O volume ainda foi baixo, US$ 89,25 milhões, mas se recuperou depois de um começo de semana bastante tímido, com apenas US$ 10,75 milhões transacionados. Retomada também no interbancário, onde os negócios somaram US$ 2,2 bilhões, contra US$ 600 milhões na segunda-feira. No mercado de juros futuros, além da questão envolvendo a política monetária chinesa, dados locais também estimularam as compras. O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) abriu janeiro com inflação de 0,27% e superou o consenso de 0,14%. O indicador reverteu deflação de 0,16% observada em mesma medição de dezembro de 2009.

No período, os preços agrícolas reduziram o ritmo de queda e os preços no atacado saíram de deflação de 0,35% para inflação de 0,25%. Segundo a Gradual Investimentos, o " vilão " no atacado foi o açúcar cristal, que subiu 14,42% em janeiro contra baixa de 0,66% em dezembro.

Ao fim da jornada na BM & F, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2011, o mais líquido do dia, apontava alta de 0,03 ponto, a 10,37%. O vencimento para janeiro de 2012 ganhou 0,01 ponto, a 11,74%, depois de subir a 10,79%. E janeiro de 2013 também avançou 0,01 ponto, a 12,39%.

Entre os vencimentos curtos, julho de 2010, que divide as apostas quanto à possibilidade de alta na Selic no primeiro ou no segundo semestre, ganhou 0,01 ponto, a 9,13%. Ainda entre os curtos, abril de 2010 manteve 8,69%, assim como março de 2010 seguiu projetando 8,67%.

A liquidez voltou ao normal depois de um começo de semana de poucos negócios. Até as 16h15, antes do ajuste final de posições, foram negociados 367.140 contratos, equivalentes a R$ 33,81 bilhões (US$ 19,54 bilhões), mais que o dobro do registrado um dia antes. O vencimento para janeiro de 2011 foi o mais negociado, com 177.035 contratos, equivalentes a R$ 16,08 bilhões (US$ 9,28 bilhões).

O foco dos agentes está voltado à divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro nesta quarta-feira. As expectativas oscilam na casa de 0,34%.
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