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Quarta-feira, 15 de maio de 2024

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Anvisa aprova criação de um 'corredor' para amostras de controle antidoping

Funcionários do Ladetec terão orientação da Anvisa Uma união de forças foi criada nesta quarta-feira para atender às necessidades do controle de doping no Brasil. Em reunião em Brasília, a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a criação de um “corredor especial” para a entrada de amostras biológicas no país, o que aumenta a agilidade com que o produto chega ao Ladetec, laborário credenciado pela Agência Mundial Antidoping (Wada), para que este possa realizar exames com diagnósticos precisos. Além do gerente geral de Portos, Aeroportos e Fronteiras da Anvisa, Paulo Biancardi Coury, também estavam presentes no encontro a gerente geral de inspeção, Marília Cunha, o coordenador do Ladetec, Francisco Radler, e o diretor da Secretaria Nacional do Esporte de Alto Rendimento, Marco Aurélio Klein.


- Do ponto de vista da liberação em portos e aeroportos, haverá uma instrução normativa que vai dar agilidade ao processo, o que pode ser entendido como um corredor para amostras biológicas, que tem prazo de validade e precisam de agilidade. Já os medicamentos controlados, que têm legislações internacionais e brasileiras envolvidas, terão um tratamento diferenciado. Como o controle de doping usa substâncias como anabolizantes e até cocaína, a liberação precisa ser mais vigiada. Precisamos garantir a segurança sanitária da sociedade. Porém, em pequenas quantidades, os produtos do Ladetec não podem ter o mesmo caminho dos que entram pelo país com destino a laboratórios comerciais. Assim, o trajeto também será simplificado – garante Coury, que acredita que o processo poderá ser feito até mesmo por e-mail enviado às autoridades do aeroporto de Viracopos (SP), único local de entrada dessas encomendas no Brasil.

A instrução normativa será criada por funcionários do Ministério do Esporte junto com representantes do Ladetec, que serão instruídos pela Anvisa, através de orientações diretas em reuniões via vídeoconferência. A partir do momento que o documento estiver criado, o procedimento no aeroporto será iniciado.

- Vamos estabelecer contatos para treinar os funcionários do Ladetec responsáveis pela parte burocrática de importação sobre as regulamentações e leis de entrada de substâncias no país. Oferecemos nosso esquema de videoconferência no Rio de Janeiro para facilitar a comunicação, já que estamos aqui em Brasília e o laboratório no Rio – explicou Coury.

Ciente da necessidade de um maior entendimento entre Anvisa e Ladetec para a continuidade do credenciamento do laboratório pela Wada, o coordenador Francisco Radler ficou satisfeito com o resultado da reunião desta quarta.

- Posso dizer que correu tudo bem no encontro de hoje. Saí de lá com respostas muito positivas – afirmou Radler.

Esta é a terceira reunião entre Anvisa e Ladetec para discutir o tema de liberação de amostras para controle de doping no país, mas a primeira após a auditoria da Wada no Ladetec em novembro. Na ocasião, os três representantes da Agência demonstraram preocupação com a burocracia alfandegária, que possibilitava erros de dignóstico do laboratório. A instituição é testada a cada três meses e precisa ter 100% de eficiência para manter o credenciamento, registro obrigatório para a realização de competições internacionais no país, como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, eventos com sede já confirmada no Brasil.

Antes desta quarta-feira, a Anvisa já havia apresentado uma proposta de tratamento diferenciado para as amostras destinadas ao Ladetec, com mudanças estratégicas e flexibilização de exigências para o laboratório, em maio de 2009. No mês seguinte, a sugestão foi discutida em mais um encontro, porém ainda não havia sido aprovada pelas partes.
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