Um estudo sobre como enfrentar o aumento do nível do mar recomenda o uso de plataformas de extração de petróleo desativadas para alojar casas, universidades ou lojas em regiões do Reino Unido propensas a inundações.
O estudo, comentado hoje no jornal "The Times", explica que as plataformas obsoletas das jazidas de petróleo do Mar do Norte poderiam ser rebocadas e recolocadas em localidades litorâneas em situação de risco.
Os autores do projeto são um grupo de arquitetos e engenheiros designados pelo Real Instituto de Arquitetos Britânicos (RIBA, na sigla em inglês) e pela Instituição de Engenheiros Civis.
Um estudo governamental anterior dizia que o nível do mar cresceria até 76 centímetros na Grã-Bretanha até 2095, apesar de que havia a possibilidade de que subisse até dois metros por um maior degelo provocado pela mudança climática.
Diante desta perspectiva, a equipe de arquitetos e engenheiros, que baseou sua análise em duas cidades inglesas propensas a inundações, Kingston-upon-Hull e Portsmouth, não defendeu se afastar das ondas, mas o contrário - levá-las em conta no momento de construir.
Daí a proposta de utilizar as plataformas de extração de petróleo como pilares para imóveis ou comércios ou como bases de comunidades flutuantes que se comunicariam entre elas e com terra firme.
Cerca de dez milhões de britânicos vivem atualmente em zonas com risco de inundação na Inglaterra e no País de Gales. O Governo gasta anualmente 570 milhões de libras (640 milhões de euro) em defesas gglitorâneas.