Presos da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba (PR), iniciaram uma rebelião na noite de quinta-feira (14). O motim já dura mais de 12 horas. Na madrugada de hoje, uma mensagem postada no microblog Twitter do governador do Paraná, Roberto Requião, citava a morte de três detentos. Agentes penitenciários são feitos reféns e colchões de 14 alas foram incendiados.

A rebelião aconteceu justamente no período em que policiais militares deixaram de ajudar na segurança da PCE, para atuar na Operação Verão e reforçar a segurança no Estado. Os policiais militares ajudavam na segurança interna desde 2001, quando uma rebelião deixou um saldo de quatro mortos (um agente e três detentos). A PCE abriga cerca de 1.500 presos em um espaço projetado inicialmente para 500 pessoas.

Segundo a Secretaria de Segurança do Paraná, a rebelião teve início após a transferência de ala de 20 presos. Por pertencerem a facções criminosas rivais, iniciou-se um conflito que culminou na rebelião, diz o órgão.

Durante a tarde de quinta-feira, a tensão já era grande no local. Antes mesmo do início do motim, representantes do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen) alertavam sobre o risco iminente de rebelião. "Todos sabem que a Penitenciária Central do Estado é um barril de pólvora e agora acenderam o pavio", disse Clayton Auwerter, representante da instituição, à reportagem.

A Secretaria Estadual de Segurança Pública ainda não se manifestou sobre o assunto. De acordo com informações de policiais que trabalham nas negociações do lado de fora do preídio, os líderes da rebelião estão falando em sete mortos. Os reféns estariam em segurança.

Os rebelados exigem a presença de um juiz, dos jornalistas e radialistas e a participação de representantes da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) nas negociações