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Domingo, 05 de maio de 2024

Notícias | Economia

Polícia impede presidente do BC argentino de entrar na instituição

O presidente do Banco Central da Argentina, Martín Redrado, foi impedido neste domingo (24) de entrar na instituição por policiais federais enviados pelo governo do país, segundo os jornais locais. Redrado, pivô de uma crise com o governo iniciada semanas atrás, prometeu que se manterá no cargo até que o Congresso decida seu futuro.


Redrado foi demitido por um decreto da presidente argentina, Cristina Kirchner, mas obteve uma liminar que o garantia no cargo. Na sexta-feira, no entanto, um tribunal de segunda instância determinou que que a manutenção ou não de Redrado deverá ser resolvida pelo Congresso conjuntamente com o Executivo. Mas deixou dúvidas sobre o que acontece com ele antes de uma comissão mista da Câmara e do Senado se pronunciar.

Advogados do economista dizem que a decisão da corte o resguarda no cargo. O governo diz que não, que ele não pode mais ficar e por isso mandou policiais federais para impedir sua entrada no BC. A briga se deve à rejeição de Redrado de atender a uma decisão do governo de usar US$ 6,5 bilhões das reservas do país para criar um fundo para o pagamento da a dívida pública neste ano.

Em um artigo publicado no jornal "La Nación", Redrado disse manter sua decisão de "seguir desempenhando meus deveres de funcionário até que o Congresso disponha em contrário, para ser leal ao interesse geral, à missão que me impõe a lei e às minhas convicções". O Banco Central na Argentina tem autonomia em relação ao Executivo. Uma comissão mista do Congresso deve emitir esta semana uma posição sobre o destino de Redrado.

Depois de ser impedido de entrar no edifício do BC, Redrado foi à polícia para denunciar o chefe de gabinete de Cristina Kirchner, Aníbal Fernandez, pelo ocorrido. Fernandez, afirmou que a ordem de enviar a polícia para o prédio atendia a um pedido presidencial para que Redrado não voltasse "nunca mais ao Banco Central".

No texto do jornal, Redrado diz: "Seria de minha parte uma irresponsabilidade aceitar pressões que deixem o caminho livre a quem queira manejar as reservas de todos os argentinos sem seguir os passos que exige a lei para a remoção dos diretores do Banco Central". Na noite de sexta, a direção do BC se reuniu - sem Redrado - e nomeou o vice-presidente da instituição, Miguel Pesce, como presidente.
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