As determinações do governador Blairo Maggi de austeridade, contenções de gastos, corte de despesas, escolha criteriosa de contrato, opção pelo e/ou melhor preço etc., parece que não são regras válidas para a Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Estado de Mato Grosso (Ager-MT).
Além de contratar o serviço da Oscip Brasil Essencial, por R$ 1,7 milhão para a reestruturação do órgão, a atual gestão teria contratado outro órgão público, o Instituto Militar de Engenharia (IME), segundo fontes da própria Ager, pela “bagatela” de R$ 1,8 milhão para a realização de um plano diretor de transporte. O problema é que o plano ainda não teria sido concluído e/ou aplicado na prática pela agência.
O que chama a atenção e preocupa é o fato do Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Passageiros do Estado de Mato Grosso (Setromat) ter oferecido a contratação de uma empresa com “expertise” no segmento por apenas R$ 400 mil e ainda iria bancar o serviço de elaboração do plano diretor, ou seja: não bastasse a não-conclusão, de acordo com fontes, a Ager teria pago demasiadamente caro pelo serviço.
“É um caso típico de superfaturamento sim. Para confirmar isso, basta que o MPE abra um procedimento para verificar os valores e ouvir os diretores do Setromat e os servidores da própria Ager”, denuncia uma fonte da Agência que se diz indignada com tudo que está ocorrendo nos últimos anos.
Outro detalhe: o IME que ganhou contrato da Ager para o plano diretor teria subempreitado ou subcontratado uma segunda empresa para prestação de serviço por cerca de R$ 700 mil. “Este é outro aspecto que precisa ser investigado pelo MPE porque trata de uma quantia significativa e é dinheiro do povo que vai para o ralo por falta de bom senso e critério”, afirmou.
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