Em dezembro de 2009, trabalhadores encontraram aos pés de uma estátua um cofre contendo textos e livros de 1834 de autoria de Miguel de Cervantes. Entre os objetos contidos nessa cápsula do tempo de chumbo hermeticamente fechada, havia cinco volumes de "Dom Quixote" de 1819, moedas, um jornal e calendário de 1834 e um misterioso manuscrito guardado dentro de um pano.

Após analisar o documento, os pesquisadores do Museu Arqueológico Regional de Alcalá descobriram que se trata de um manifesto liberal e progressista deixado por Cervantes para as gerações futuras, informou o "El País".

O cofre, que permaneceu intocado por 176 anos, foi depositado no local em um momento muito politicamente conturbado da história espanhola. A nação se encontrava dividida entre Carlos María Isidro de Borbón, chefa da facção carlista, que reclamava a coroa espanhola de sua sobrinha de três anos de idade e, também havia o crescente movimento liberalista que tentava usar a oportunidade para por fim ao absolutismo monárquico.

O governo regional de Madrid afirmou que pretende colocar uma nova cápsula do tempo no mesmo local, com objetos que representem a Espanha atual.