Mesmo com a concretização da coligação DEM/PSDB pela candidatura de Wilson Santos ao governo a devolução de cargos ocupados por indicação Democratas ainda é uma incógnita. Enquanto deputados estaduais como Zé Domingos e Dilceu Dal´Bosco defendem a entrega de cargos que possuem, o presidente da sigla, Oscar Ribeiro, rejeita qualquer definição sobre o assunto.
“Precisamos adotar uma posição de independência. Devolver os cargos é uma questão de ética e moral”, argumenta Domingos, que diz não ter certeza se possui “14 ou 16 cargos, com remunerações que variam entre R$ 400 e R$ 2mil”. “O governador é o patrão. Se ele entender que deve ‘demitir’ gente eles que demitam”, completa Dal´Bosco.
Ao contrário dos deputados, o presidente do DEM evita até pronunciar-se sobre o processo de devolução. “Não posso expressar minha opinião sobre isso antes de ouvir todos os deputados sobre isso”, esquiva-se Ribeiro evitando também determinar prazos para a decisão.
O partido integrava, até a concretização da coligação com o PSDB, a base do governo Maggi. De acordo com informações apuradas pelo
Olhar Direto, pertencem à sigla 320 cargos do staff da administração estadual.
Os democratas detém três Secretarias Adjuntas e todos os cargos comissionados da Empaer. Cada deputado tem direito a 23 indicações.
O DEM elegeu quatro deputados estaduais, Domingos, Dal´Bosco, Gilmar Fabris e Doutor Wallace. No entanto, no decorrer do mandato Wallace migrou para o PMDB enquanto Chica Nunes saiu do PSDB e filiou-se aos Democratas.