A polêmica comercialização das ações da Companhia de Saneamento da capital (Sanecap), que possui hoje uma dívida acima de R$ 100 milhões com o governo podendo ser repassada para a Sabesp (Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo), foi contestada na manhã desta quinta-feira (18) pelo prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB).
Apesar de se declarar defensor ferrenho da privatização da empresa, Santos disse que durante os cinco anos em que esteve à frente da administração tinha a autorização para a venda e não a fez. " Sempre tivemos essa aurorização e não vai ser agora que vou fazer. No entanto, a decisão futura vai depender do Chico Galindo ao assumir a Prefeitura", declarou o tucano que é pré-candidato ao governo e deixa o Paço Municipal no dia 30 de março.
O presidente da Sanecap, Carlos Roberto da Costa, também negou a informação que vem sendo ventilado nos bastidores sobre a venda de 49% das ações da empresa que consta em um projeto de lei em tramitação na Câmara Municipal de Cuiabá. O assunto serviu como tema de uma audiência pública aprovada pelo legislativo cuiabano que pretende "esmiuçar" a questão nesta sexta-feira (19) na Casa de Leis.
" Tudo não passa de jogada política. Não estamos viabilizando nenhuma venda e a intenção é melhorar o saneamento da cidade", frisou o presidente observando ainda que atualmente 90% da Sanecap pertencem a Prefeitura. Caso os parlamentares autorizem a alteração da Lei 4.007, a Sanecap se adequa à Lei Nacional de Saneamento 11.145/2007 e passa a ser responsável pelo sistema de abastecimento de água, esgoto, limpeza urbana.