O prefeito de Sinop, Juarez Costa (PMDB), apresentará formalmente, às 16h, aos servidores municipais, contraproposta à pauta de reivindicações do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, que pede 15% de reajuste salarial, melhores condições de trabalho, implantação do plano de cargos, carreiras e salários, equipamentos de segurança para garis, material de expediente para zeladoras, entre outros itens.

Porém, o gestor já adiantou que não poderá avançar além dos 4.11% já ofertados, mas uma fonte de Olhar Direto no primeiro escalão do Executivo informou que ele vai tentar fazer uma “manobra”, para contemplar uma parte dos servidores com aumento maior e acabar com a greve.

“Constatamos que cerca de 1.5 mil servidores estão na faixa mais baixa de salário, como zeladoras, merendeiras, garis e trabalhadores braçais e são esses que estão dando corpo ao movimento grevista. Vamos propor que todos os 3.2 mil servidores recebam os 4.11% de aumento e, esses que estão na faixa salarial de R$ 600 ganhem mais um acréscimo, ainda a ser definido esta tarde”, declarou a fonte.

Os servidores voltam acampar em frente à prefeitura no começo da tarde e aguardam até as 16h para conhecer a proposta do prefeito. Depois, ela será levada à assembléia geral para que seja tomada a decisão de acatá-la ou rejeitá-la.

O presidente do sindicato, Adriano Perotti, disse há pouco à reportagem que, caso nesta tarde haja um número expressivo de servidores em frente ao paço municipal, a decisão pode sair hoje mesmo. “Caso tenhamos acima de mil servidores hoje à tarde no manifesto, a assembléia pode acontecer hoje, mas caso contrário, somente na segunda-feira”.

A greve já está refletindo nos serviços essenciais. De manhã, mães não conseguiram atendimento médico em alguns postos de saúde. Os caminhões de lixo não passaram em determinados bairros conforme a escala de sexta-feira, pois só três caminhões estão na rua e normalmente são oito. Das escolas municipais, 80% aderiram à paralisação e, nas creches, 95%.