"Páscoa é tempo de vitória". Principalmente quando a data cristã precede as prévias do PT e pelo menos quando quem faz a afirmação é o deputado federal Carlos Abicalil, que se diz “tranquilo e sereno” na disputa com Serys Slhessarenko pela indicação do partido para disputar o Senado. “Páscoa é momento da vitória e nós não vamos desistir”, metaforizou Abicalil durante assinatura de convênios do Estado para construção de escolas em Mato Grosso, junto com o governador Blairo Maggi (PR), o vice Silval Barbosa (PMDB) e secretário de Educação Ságuas Moraes (PT), nesta sexta em Cuiabá.

Com discurso de pré-candidato da posição, o deputado não poupou elogios à administração Blairo Maggi e aproveitou para alfinetar as gestões anteriores. “Herdamos a ausência do Estado na Educação e a transferência negativa disso para os municípios. Mas agora vivemos um momento de equilíbrio e parceria entre as administrações (federal e estadual). Deve ser muito prazeroso chegar às vésperas de sair do governo fazendo um balanço desses”, disparou “confidenciando” para a platéia o que falara momentos antes ao pé do ouvido do governador. 

Depois, afirmou que os signos "transformação e esperança" traduzem o atual momento de Mato Grosso e foi direto ao assunto, dirigindo-se novamente a Maggi. “Posso ver governador, nós três (Abicalil, Maggi e Ságuas) no Congresso Nacional discutindo possibilidades para Mato Grosso, criando condições para enfrentar outras regiões do Brasil”.

Interrompido por aplausos da platéia, formada majoritariamente por servidores da Educação e representantes de prefeituras beneficiadas com os novos convênios, o deputado continuou. “Se o povo de Mato Grosso e Deus me conceder isso terei mais orgulho ainda de dizer que nós faremos muito mais e melhor”.

Confiante, em seguida o deputado arrancou risos da platéia. “Quero dizer duas palavras: ‘para’ ‘bens’. E finalizou incisivo: “Que todos os desafios nos apresente uma convidada: a vitória”.

Abicalil e Serys protagonizam a disputa interna no partido dos Trabalhadores por indicação ao Senado. A senadora defende tese de que é candidata natural do partido enquanto Abicalil se diz pressionado por grupos internos para disputar a vaga de senador da República. Sem haver concenso entre os petistas, a sigla realizará votação para definir o candidato. As prévias serão feitas no dia 18 de abril.