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Domingo, 28 de abril de 2024

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saúde, beleza e bem estar

Cirurgião plástico Olyntho Gonçalves fala sobre o tempo e suas marcas

Cirurgião plástico Olyntho Gonçalves fala sobre o tempo e suas marcas
És um senhor tão bonito
Quanto a cara do meu filho
Tempo, tempo, tempo, tempo
Vou te fazer um pedido
Tempo, tempo, tempo, tempo
Compositor de destinos
Tambor de todos os ritmos
Tempo, tempo, tempo, tempo
Entro num acordo contigo
Tempo, tempo, tempo, tempo
                                               (Caetano Veloso)


Que tiro foi esse? Que não vi passar. Que tiro foi esse? Que veio sem me avisar. Quantos anos já se foram?

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Pra que toda essa pressa? Essa velocidade, porque não senta e espera ? Conversa um pouco. Essa urgência que não controlamos nada, mas que tentamos a todo custo, maquiar, enganar, fingir que não passou.

Só olhando no "espelho retrovisor" da vida percebemos o que ficou pra trás, de bom e o que nem tão  bom foi  assim.

O que antes era autêntico, hoje não mais o é, o que antes era brilho está opaco, o que antes era enorme hoje é pequeno, o que antes era lindo e novo hoje está feio e velho, ou seja, a vida com o passar do tempo e torna uma trilha repleta de verdades transitórias.

Vivemos assim! Nós seres "humaninhos" vivemos contando tempo nos nossos relógios,  mas só lembrando aos mais desavisados da realidade que os relógios mais caros, marcam o mesmo tempo que os de marca mais simples e baratos.

Mudam se os contadores do tempo, mas isso  não segura , não impede sua corrida lépida , infinita , atroz e inevitável em direção ao infinito .

Tempo ! Tempo ! Tempo ! Seria você um Senhor generoso ou vilão? Difícil resposta, mas uma coisa é certa: só mesmo você, tempo, pra nos dar toda essa maturidade espiritual que vamos adquirindo ao longo da jornada, esse calos na alma, esse crescimento como seres humanos que vamos acumulando.

Vilão, certamente, pro corpo, matéria onde aos poucos nos vemos mais velhos, mais lentos, mais enrugados, menos elásticos, com menos viço, menos cabelos, menos colágeno... mais sábios talvez. Seria então que o tempo seria benéfico somente pra nossa alma? Pode ser que sim. Assim é a lei da natureza, a ordem natural das coisas, onde tudo se esvai, fenece, descolore. Morre e se transforma e vive depois de outra forma. Restou-nos então somente possuir o entendimento, permissão, resiliência e anuência dessa lei imutável, porém que converte nossas dores em experiência, isso já é uma grande coisa.

Penso que devemos lidar bem com tudo isso sem lamentos, tristezas e depressões, pois o tempo é divino, e se é divino é perfeito e tudo se encaixará certo no final. Com fé, não devemos nos preocupar, aliás, somos filho Dele.

Outro dia andei pensando que o tempo seria como a água. Se estamos ali no meio do riacho, de repente se lutarmos demais podemos perder o fôlego e nos afogar, porém se mantivermos bem calmos, serenos, e mantivermos relaxados, essa mesma água que mata pode nos transportar para outros lugares, estágios e dimensões, uma viagem linda e prazerosa.

Vejo no dia a dia mulheres e homens que pelejam contra o tempo de forma ávida. Eu mesmo sou assim às vezes, aliás quem não é? Certa vez num desses bate papos do dia a dia eu disse a um super amigo meu que me considero num ringue, lutando contra o tempo, um adversário muito forte, onde o final da história todos já sabem. Mas creio que vou dar muito trabalho a ele, isso vou mesmo, podem acreditar.  Ele riu muito. Penso que também é ele quem nos provoca pra essa posição, é essa sua real intenção de nos chamar  pra uma "luta", para que no final saiamos com a certeza de novas descobertas, de tantas e tantas coisas que passarão ao longo desse filme  chamado vida. Assim extraímos o verdadeiro valor do que é real pra nós, uma nova forma de como devemos pesar nossos sentimentos, e um jeito melhor de ver tudo sem visão, mas enxergando com os olhos do coração.

Nessas lutas, desconstruímos imensos castelos de areia, de ignorância, de egoísmo, de vaidades, de ilusão, pra desvendar o verdadeiro sentido da vida. Novos horizontes aparecem, novos amores, novas empreitadas que oxigenam nossas almas.

Só o tempo consegue grandes mudanças, assim como espadas que são moldadas a ferro e fogo.

Com a licença poética posso relembrar Guimarães Rosa, onde ele diz:

"O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem".

Tempo! Tempo! Tempo! Sei que és também medicamento que alivia, atenua e cura as dores de uma vida. Que esse passado sirva apenas para reflexões de um futuro e a construção de um presente que urge em chegar. 
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