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Quinta-feira, 16 de maio de 2024

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Juiz nega revogação de prisão de empresário que espancou médica em Cuiabá

Juiz nega revogação de prisão de empresário que espancou médica em Cuiabá
O juiz Jamilson  Haddad Campos, da 1ª Vara de Combate à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, manteve a prisão preventiva do empresário Marcos Cesar Campos, 34 anos, denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE) por crime de lesão corporal e grave ameaça, contra a médica Camilia Tagliari, de 29 anos. A decisão é do dia 6 de abril. Marcos é considerado foragido da Justiça desde 27 de abril. No pedido de prisão, o MPE cita o risco a integridade física à vítima e sua filha, de 11 anos, que presenciou às agressões. 


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No pedido de revogação, os advogados alegaram que a vítima é quem teria voluntariamente se aproximado do local de trabalho do indiciado, com o propósito de disparar o botão do pânico. O argumento foi refutado pelo magistrado. 

O magistrado pondera que conforme histórico de violação da Central de Monitoramento o horário informado pela defesa de que o botão do pânico teria sido acionado (8h07) no dia 22 de abril não condiz com extrato de controle da Central de Monitoramento pois naquela data, segundo as informações, da própria Central, o botão teria sido acionado somente por volta das 17h. "Ademais verifico que as provas acostadas nos autos pela Defesa não comprovam inequivocamente que a vítima é quem está descumprindo as medidas protetivas deferidas". 

Na decisão, o magistrado determina que seja oficializado à Central de Monitoramento Eletrônico (no prazo de dez dias) relatório circunstanciado do histórico de descumprimento existente entre o botão de pânico da vítima e a tornozeleira fixada no indiciado.

Histórico:

A médica foi severamente agredida na data de 27 de março, na garagem de um prédio de luxo no bairro Duque de Caxias. O episódio de violência foi presenciado pela filha da vítima, uma criança de dez anos. Preso em flagrante, Marcos foi submetido à audiência de custódia. Ele perdeu o direito de se aproximar da ex-mulher ou da enteada, além ser monitorado por tornozeleira eletrônica. No mês de abril, depois de sistemáticos disparos do botão do pânico, a médica procurou o MPE e prestou um novo depoimento relatando o que acontecia.  A promotora Lindinalva Rodrigues solicitou à Justiça a prisão, pedido deferido. 

Risco

Ainda traumatizada e sendo submetida a tratamento por conta das agressões, a médica Camila Tagliari permanece com sensação de insegurança e temendo por sua integridade. “Existem violações. Esse é o fato. E, claro, existe temor, preocupação por parte da vítima", cita o advogado de Camila, Dauto Passare. "Reiteramos a confiança quanto ao correto entendimeto do magistrado e esperamos que seja cumprida a decisão". 

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