O empresário Giovani Guizardi, preso em decorrência da Operação Rêmora desde o dia 3 de maio, foi transferido do Centro de Custódia de Cuiabá (CCC) para o Setor de Operações Especiais (SOE). A informação foi confirmada pela Secretaria de Justiça e Direitos Humanos de Mato Grosso (Sejudh).  O motivo da transferência não foi divulgado.

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Giovani é acusado de compor o núcleo de empresários e de articular o esquema de pagamentos de propinas para leilões de obras da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc). Os valores variavam, segundo o Ministério Público Estadual (MPE), entre R$ 400 mil e R$ 3 milhões e o cartel seria formado por mais de 23 empresas que ganhavam contratos e licitações fraudadas junto a Secretaria. As licitações investigadas ultrapassam a quantia de R$ 56 milhões.

O empresário é apontado pelo Ministério Público Estadual (MPE) como o “secretário de fato” no esquema de cobrança de propina e “leilão” de obras públicas investigado pela Operação Rêmora.

Além de Giovane, o ex-secretário Permínio Pinto, que gerenciou a pasta de janeiro de 2015 a maio de 2016, também teria participado ativamente em reuniões para o esquema de fraudes em licitações de reformas escolares. Conforme divulgado pelo MPE, Permínio compareceu ao escritório mantido pelos empresários descritos como membros do suposto cartel.
 
O Ministério Público Estadual (MPE) denunciou Guizardi e outras 21 pessoas pelos crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção passiva e fraude a licitação. Juntamente com o ex-assessor especial da Seduc, Fábio Frigeri e o ex-superintendente de Infraestrutura Escolar, Wander Luiz dos Reis.