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Em véspera de cassação, Juiz manda Câmara se explicar em 24h sobre cerceamento da defesa de João Emanuel

14 Abr 2014 - 21:55

Da Redação - Jardel P. Arruda e Laura Petraglia

Foto: Lucas Bólico - OD

Em véspera de cassação, Juiz manda Câmara se explicar em 24h sobre cerceamento da defesa de João Emanuel
Pouco mais de 12 horas antes de sessão extraordinária da Câmara Municipal de Cuiabá que poderá selar a cassação do vereador João Emanuel (PSD), o juiz Marcio Aparecido Guedes determinou que o presidente Casa de Leis, Júlio Pinheiro (PTB), e o presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, Faissal Calil (PSB), se expliquem, em 24 horas, sobre o suposto cerceamento da defesa do peessedista.

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A determinação tem como objetivo dar conhecimento de causa suficiente ao magistrado para que ele possa decidir sobre a suspensão do processo de cassação, como foi pedido por João Emanuel Moreira Lima. Como a defesa afirma que a Câmara impossibilitou qualquer chance do vereador acusado se defender, o juiz considerou ser imprescindível ouvir representantes da Casa de Leis para tomar uma decisão sobre o assunto.

“Inobstante os motivos que calcam a pretensão do Impetrante, “in casu”, em vista das alegações constantes do pedido inicial consistente no cerceamento do contraditório e da ampla defesa na seara administrativa, constato ser imprescindível à manifestação da Parte Impetrada para apreciação da liminar”, consta de trecho da ação.

Essa determinação do juiz Marcio Aparecido Guedes é vista como uma vitória por Rodrigo Cyrineu, advogado responsável pela defesa de João Emanuel. “Se o juiz pediu explicações é porque ele viu indícios de falhas. Se fosse uma grande besteira como eles (Júlio Pinheiro e Faissal Calil) falam, o magistrado teria negado de bate pronto”, disse o advogado, em entrevista ao Olhar Jurídico.

Sessão em xeque

O advogado Rodrigo Cyrineu acredita que a determinação de Marcio Aparecido Guedes torna temerária realização da sessão extraordinário marcada para o fim da manhã de terça-feira (15), quando o plenário votará pela cassação ou não de João Emanuel, sob a orientação da CCJ e da Comissão de Ética e Quebra de Decoro para tirar o mandato do peessedista.

“Eu acho até que é temerária a realização dessa sessão mediante esse pedido de explicações. Além disso, nem o João Emanuel, nem a defesa, receberam qualquer notificação para apresentar a defesa nessa sessão. E então, como é que se faz em um caso desses?”, questionou.

O jurista já afirmou, anteriormente, que o processo de cassação contra João Emanuel será invariavelmente cassado devido a várias falhas processuais.
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