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Segunda-feira, 29 de abril de 2024

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DEPOIMENTO

Réus trocam acusações em julgamento pelo homicídio de recém-nascido; pai teria costume de morder a criança

Réus trocam acusações em julgamento pelo homicídio de recém-nascido; pai teria costume de morder a criança
Na tarde da última quinta-feira (17), 12 pessoas, dentre estes, servidores da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, familiares e amigos, foram intimadas a prestar depoimento junto a 14ª Vara Criminal de Cuiabá no processo que apura a morte do bebê Josué Araújo de Souza. Os pais da criança, Tainara Cardoso de Araújo e André Luis Pinto de Souza foram denunciados pelo crime de homicídio qualificado, em que a vítima não possui recursos para defesa. Durante as declarações, acusações foram trocadas. Segundo a réu, o pai teria costume de morder o filho como forma de demostrar carinho.

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Visivelmente abatida e expondo arrependimento pelo acontecido, Tainara Cardoso de Araújo acusou o pai da criança de ser o responsável pela morte. Segundo ela, André costumava morder o filho, deixando marcas de dentes pelo corpo do bebê. Na noite da tragédia, o casal teria discutido e André, depois de constantes ameaças, teria jogado o recém-nascido em um colchão que estava sobre o chão. Além destas acusações, durante o depoimento Tainara expões que sentia medo do marido pois este a agredia fisicamente.

A prisão dos pais foi registrada horas após a morte da criança em 6 de janeiro de 2014 e ambos permanecem presos desde então. O encontro de ontem marcou a primeira audiência do processo criminal. Na ocasião, os réus e os advogados de defesa estavam presente. O responsável pela condução dos depoimentos foi o juiz Murilo Moura Mesquita.

Nas declarações de André Luis Pinto, as acusações passaram a recair sobre a responsabilidade da mãe pela morte. Segundo ele, Tainara teria iniciado a discussão e derrubado a criança graças ao seu descontrole. Conforme exposto por André, a mãe teria ainda se recusado a levar o recém-nascido ao hospital.

Além dos pais da criança, mais 10 pessoas prestaram depoimentos visando contribuir com o julgamento do caso. Funcionárias do Hospital, amigos e familiares dos réus compareceram ao Fórum da capital.

Conforme os autos, a criança foi levada para o hospital já em óbito e, desconfiados das marcas na face do bebê e dos sinais de mordidas encontrados no abdome do menino, funcionários da unidade acionaram a Polícia Militar. O menino sofreu traumatismo craniano após ser jogado em colchão pelo pai durante uma discussão com a mãe da criança.

Em decorrência da queda, ele passou a apresentar sinais de que não estava bem (braço repuxando, assim como a perna) e problemas para conseguir se alimentar. Por causa dos sinais que o menino possuía os pais não o levaram para atendimento imediato e ele morreu três dias depois.

Segundo os advogados de defesa, tanto Tainara como André entrarão com pedido para obter o benefício de responder ao processo em liberdade.

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